Inflação sobe 0,24% em outubro, puxada por alta das passagens aéreas
IPCA tem alta de 3,75% no ano
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) subiu 0,24% em outubro após avançar 0,26% em setembro, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (10).
O indicador foi pressionado pelo avanço do grupo de transportes, com alta das passagens aéreas, e alimentação e bebidas.
- No ano, o índice acumula alta de 3,75% e, nos últimos 12 meses, a alta é de 4,82%
- O índice veio abaixo das expectativas medianas coletadas pelo Valor Data, que indicavam alta de 0,28%
Os preços de oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em outubro. Transportes (0,35%) e Alimentação e bebidas (0,31%) contribuíram com 0,07 ponto percentual cada para o índice geral. O grupo Comunicação (-0,19% e -0,01 ponto percentual) foi o único em queda. Os demais grupos ficaram entre o 0,02% de Habitação e o 0,46% de Artigos de residência.
A meta perseguida pelo BC é 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.
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Transportes: alta de passagens e queda da gasolina
No grupo dos Transportes, o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços da passagem aérea (23,70%), subitem com a maior contribuição individual (0,14 ponto percentual) no índice do mês.
Em relação aos combustíveis (-1,39%), somente o óleo diesel (0,33%) apresentou alta. A gasolina (-1,53%), o gás veicular (-1,23%) e o etanol (-0,96%) caíram de preço.
Avanço de alimentação em domicílio
No grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio subiu 0,27% no mês, após quatro quedas consecutivas. No período, destacaram-se as altas da batata-inglesa (11,23%), cebola (8,46%), frutas (3,06%), arroz (2,99%) e das carnes (0,53%).
No lado das quedas, foram destaques o leite longa vida (-5,48%) e o ovo de galinha (-2,85%).
A alimentação fora do domicílio (0,42%) acelerou em relação ao mês anterior (0,12%). As altas da refeição (0,48%) do lanche (0,19%) foram mais intensas do que em setembro (0,13% e 0,09%, respectivamente).