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INFLAÇÃO

Inflação sobe para 4,76% no Brasil nos últimos 12 meses

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapassou o limite de 4,50%, a taxa de tolerância oficial

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que os últimos números de inflação do Brasil trouxeram mensagens distintasO presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que os últimos números de inflação do Brasil trouxeram mensagens distintas - Foto: Pixabay/Reprodução

A inflação no Brasil acelerou em outubro para 4,76% em 12 meses, impulsionada pelo aumento dos preços da eletricidade e dos alimentos devido a uma seca histórica no país, segundo dados oficiais publicados nesta sexta-feira (8).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapassou o limite de 4,50%, a taxa de tolerância oficial.

A variação mensal de preços em outubro foi de 0,56%, acima dos 0,44% registrados em setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano, o aumento acumulado foi de 3,88%.

O índice de outubro é explicado, em parte, pelo aumento dos preços da energia elétrica residencial (+4,74%) e da carne (+5,81%), impactados pelo clima seco.

Nos últimos meses, o Brasil sofreu a pior seca desde o início dos registros, vinculada, segundo especialistas, à mudança climática.

O tempo seco favoreceu a propagação de incêndios - em sua maioria de origem criminosa, segundo as autoridades -, que atualmente devastam inúmeras regiões, como a Amazônia.

O aumento do preço da carne "pode ser explicado por uma menor oferta (…) por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações", sublinhou André Almeida, diretor de pesquisa do IBGE.

O índice de 4,76% fica um pouco acima da média das projeções de 31 instituições financeiras e consultorias, consultadas pelo jornal econômico Valor, que previram que seria de 4,73%.

A inflação acelerada foi o principal argumento apresentado pelo Banco Central do Brasil na quarta-feira para aumentar a taxa da Selic em meio ponto percentual, para 11,25%.

A instituição alertou que o ritmo dos futuros ajustes da taxa de juros e a magnitude do ciclo "dependerão da evolução da dinâmica da inflação".

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