Inflação tem menor alta do ano e desacelera pelo segundo mês seguido na RMR, diz IBGE
De acordo com a pesquisa, a categoria que mais pressionou a inflação no período foi a de Saúde e cuidados pessoais
A inflação na Região Metropolitana do Recife (RMR) teve, em abril, a menor alta do ano, de 0,48%. Foi ainda o segundo mês seguido de desaceleração do índice e o sexto maior entre as 16 localidades pesquisadas, acima também da média nacional, de 0,31%.
O dado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Até então, a menor alta do ano havia sido a registrada em janeiro, com 0,5%. Em fevereiro, o índice subiu para 0,77%; em março, caiu para 0,62%, na primeira desacelaração de 2021.
De acordo com a pesquisa, a categoria que mais pressionou a inflação no período foi a de Saúde e cuidados pessoais, com 1,67%, número puxado pelo reajuste nacional no preço dos medicamentos ocorrido em 1º de abril e pela alta no preço dos produtos de higiene pessoal.
Leia também
• Inflação varia 0,31% em abril e alcança 6,76% em 12 meses
• Inflação do aluguel acumula alta de 32,02% em 12 meses
• Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 5,01% em 2021
Já a Educação foi o único grupo de produtos e serviços em queda, com -0,08%.
No acumulado do primeiro quadrimestre do ano, a RMR teve inflação de 2,40%, a sexta menor do País. O percentual foi próximo ao da média brasileira (2,37%).
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA do Grande Recife teve aumento de 7,34%, também superior ao do Brasil (6,76%).
Grupos pesquisados
Apenas a Educação registrou queda em abril, de 0,08%. Segundo o IBGE, o número foi puxado pela redução nos preços dos livros didáticos e não didáticos. Veja os números da variação mensal:
Saúde e cuidados pessoais: +1,67%
Vestuário: +0,89%
Índice geral: +0,48%
Artigos de residência: +0,46%
Alimentação e bebidas: +0,46%
Habitação: +0,28%
Transportes +0,09%
Comunicação: +0,08%
Despesas pessoais: +0,05%
Educação: -0,08%
Dos 20 produtos e serviços que tiveram maior aumento de preço, cinco são medicamentos.
Embora os dois produtos com maior reajuste entre março e abril tenham sido dois alimentos, o tomate (13,69%) e a melancia (12,32%), os remédios anti-infecciosos e antibióticos ficaram em terceiro lugar, com alta de 9,70%.
Os chocolates em barra e bombons (6,89%) e o cheiro-verde (6,80%) ocupam o quarto e o quinto lugar. Em seguida, estão os remédios hormonais (6,23%).
Por outro lado, a maior queda de preço ficou com a uva (-8,25%), seguida pela maçã (-7,85%) e pelas passagens aéreas (-7,46%).
Os produtos para a pele (-6,32%) e a banana-prata (-5,81%) completam a lista dos cinco produtos e serviços que mais tiveram o preço reduzido.