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Previdência Social

INSS: com teto nos juros, oferta de consignado bate recorde no 1º trimestre

Desde que Carlos Lupi assumiu como ministro da Previdência, houve sete cortes na taxa do consignado para aposentados

INSSINSS - Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

A concessão de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS no primeiro trimestre de 2024 foi a maior da série histórica do Banco Central do Brasil, iniciada em 2011. O recorde na oferta vem após sucessivas alterações no teto de juros para essa modalidade.

Nos três primeiros meses deste ano, a concessão foi de R$ 29,02 bilhões. No ano passado, neste mesmo intervalo, os empréstimos dos beneficiários do INSS somaram R$ 19,6 bilhões. A alta foi de 47,4%.

Desde que Carlos Lupi assumiu como ministro da Previdência, houve sete cortes na taxa do consignado dos aposentados. O primeiro foi em 13 de março de 2023, quando o percentual baixou de 2,14% ao mês para 1,70%.

Os bancos reagiram e suspenderam a modalidade, o que fez a taxa subir 1,97% ao mês. Depois disso, o teto dos juros vem sendo reduzido gradativamente, apesar da resistência dos bancos.

Na última decisão, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) determinou que a taxa do empréstimo com desconto em folha caísse de 1,72% ao mês para 1,68%.

Até março, a taxa média de juros das operações de crédito consignado estava em 1,7% por mês, de acordo com o balanço do BC.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), de forma recorrente, critica o tabelamento de juros, ao citar que a redução do teto ficou em um patamar "economicamente inviável" para as instituições financeiras, além de mencionar eventual redução na oferta dessa modalidade.

O crédito consignado para o INSS teve queda de 3,3% em 2023, na comparação com 2022. Houve recuperação nos últimos meses do ano passado, após queda mais robusta em meados do ano.

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