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Inteligência artificial, criptomoedas e data centers vão dobrar consumo de energia. Entenda

Até 2026, demanda deve se tornar equivalente à da Alemanha. Fontes de energia limpa vão representar cerca de metade da demanda em três anos

Inteligência artificial deve afetar empregos Inteligência artificial deve afetar empregos  - Foto: Pixabay

A procura global por eletricidade impulsionada por centros de processamento de dados (data centers), criptomoedas e inteligência artificial poderá mais do que duplicar nos próximos três anos. A demanda total será o equivalente a toda necessidade energética da Alemanha, prevê a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) em seu último relatório.

Existem mais de oito mil data centers em todo o mundo, com cerca de 33% nos EUA, 16% na Europa e aproximadamente 10% na China, com mais centros a serem construídos.

Na Irlanda, onde os data centers se desenvolvem de maneira mais acelerada, a IEA espera que o setor consuma 32% da eletricidade total do país até 2026, em comparação com 17% em 2022. A Irlanda tem atualmente 82 centros, desse total 14 estão em construção e mais de 40 estão aprovados.

A Espanha, destaca o El País, é uma das nações apontadas como destino dos centros de processamento de dados, graças aos preços mais baixos da eletricidade, embora hoje a maior parte deles esteja localizada em centros de instituições financeiras em Frankfurt, Londres, Amsterdã, Paris ou Dublin.

Na média, consumo de eletricidade deve crescer 3,4%
A expectativa é que a busca por eletricidade cresça 3,4% até 2026, concluiu o relatório. O aumento, no entanto, será mais do que garantido pelas fontes de energias renováveis, como a eólica, a solar e a hídrica, e pelo maior número histórico de energia nuclear.

As perspectivas apontam que as fontes de energia limpa (eólica, solar, hidrelétrica e nuclear) devem representar quase metade da geração de eletricidade mundial até 2026, contra menos de 40% em 2023, concluiu o relatório. Isto inclui nove milhões de veículos elétricos a bateria e 11 milhões de bombas de calor na Europa.

"O setor da energia produz atualmente mais emissões de CO2 do que qualquer outro na economia mundial, por isso é encorajador que o rápido crescimento das energias renováveis e uma expansão constante da energia nuclear estejam juntos no caminho certo para corresponder a todo o aumento da procura global de eletricidade durante os próximos três anos”, disse o Diretor Executivo da IEA, Fatih Birol."

A intensidade global das emissões provenientes da geração de energia – ou a quantidade de dióxido de carbono produzido por unidade de energia – deverá diminuir em média cerca de 3,5% ao ano até 2026, disse a AIE. Para a Europa, esforços de descarbonização mais intensos significam que o declínio deverá ser de 13% ao ano.

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