Inteligência Artificial: brasileira disputa concurso de beleza para mulheres criadas por computador
Também criadas por Inteligência Artificial, concorrentes serão julgadas pela aparência, mas também por tecnologia e influência nas redes sociais
Criada por Inteligência Artificial, Ailya Lou é uma das finalistas do Fanvue World AI Creator Awards, primeiro concurso de beleza no mundo para mulheres criadas por computadores. A organização divulgou a lista das suas dez finalistas recentemente e elencou a artista "nipo-afro-brasileira" entre elas.
A concorrente brasileira foi criada, inicialmente, para estrelar uma série de projetos de filmes. Seria a atriz principal da saga. De acordo com o Daily Mail, o criador de Ailya Lou garante que todas as imagens dela são geradas por prompts de texto inseridos em uma plataforma e não sofrem quaisquer retoques após o resultado. A artista soma quase 11 mil seguidores no Instagram. Na rede social, ela compartilha selfies de modelo, com roupas de alta costura e momentos de lazer com amigos, e detalha suas preferências, como a cor azul.
"Estou muito feliz em ver Aliya sendo selecionada [como finalista do concurso]. Ela é um projeto artístico que tem um significado enorme para mim como uma forma de entender como recriar mundos e pessoas para uma realidade expandida", afirma o criador da brasileira, em declarações reproduzidas pelo Daily Mail.
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O concurso escolheu as concorrentes a partir de um rol de 1.500 personagens artificiais inscritas na competição (veja fotos mais abaixo).
Na lista das finalistas, estão por exemplo a astronauta turca Asena Ilik e a influenciadora de viagens ruiva Olivia C. Segundo a organização, a primeira Miss IA será aquela que, para além da beleza, for melhor avaliada em termos de tecnologia e também de influência nas redes sociais (a mais "famosa" delas é a marroquina Kenza Layli, com 190 mil seguidores no Instagram).
A competição é organizada pela Fanvue, plataforma na qual criadores podem hospedar suas obras feitas a partir de inteligência artificial. O prêmio será repartido entre os criadores das três primeiras colocadas: US$ 20 mil (sendo US$ 5 mil, para a campeã), além de vantagens na mídia social.
Os prêmios mostraram o quão engajados os criadores estão no espaço de IA, e o padrão da lista é simplesmente incrível disse Will Monange, cofundador da Fanvue, em declarações reproduzidas pelo DailyMail.
Para Monange, o concurso pode se tornar uma espécie de Oscar do segmento, que, de acordo com a Fanvue, já deve movimentar 1 bilhão de libras até o fim do ano.
As finalistas vêm de países como França, Marrocos e Índia. Várias das concorrentes ao título de Miss IA, assim como nas competições "reais", têm divulgado seus elos com projetos sociais. Os criadores de Aiyana Rainbow classificaram-na como "uma voz para a aceitação LGBT", por exemplo. Já Kenza Layli promove os direitos das mulheres no Marrocos.