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Investimento estrangeiro no país tem nova queda e fica em US$ 3,8 bilhões no mês de setembro

Em 12 meses, o chamado IDP totalizou US$60,0 bilhões (2,89% do PIB) até em setembro de 2023

Dólar, moeda americanaDólar, moeda americana - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O investimento estrangeiro direto (IDP) no Brasil registrou uma nova redução e ficou com saldo de US$3,8 bilhões no mês de setembro deste ano. No mesmo período do ano passado, o país recebeu US$9,6 bilhões em ingressos líquidos (entradas superiores às saídas). Os dados são do Banco Central, divulgados nesta segunda-feira (6).

Em agosto foram US$4,3 bilhões, ante US$10,0 bilhões do mesmo período de 2022.

Já em 12 meses, o IDP totalizou US$60,0 bilhões (2,89% do PIB) em setembro de 2023. No mesmo mês do ano de 2022, este total era de US$72,1 bilhões (3,91% do PIB).

O Globo mostrou que a queda do Investimento Direto no País - de 36% de janeiro a agosto - é explicada pela redução nos preços das commodities (cotadas em dólar) e também fatores como o risco fiscal que impacta na atratividade do país.

Conforme os dados do BC, as transações correntes do Brasil - que medem a entrada e a saída de dólares - acumularam déficit de US$39,8 bilhões ou 1,92% do PIB nos últimos 12 meses até setembro deste ano.

O número mostra uma redução em relação ao que foi acumulado até setembro de 2022, que tinha um saldo negativo de US$56,9 bilhões (3,09% do PIB), no intervalo de 12 meses.

A queda das importações e a estabilidade das exportações explicam esse resultado. As importações de bens diminuíram 23,8% no mês.

As transações correntes consideram três dados:
A balança comercial de produtos entre o Brasil e outros países, isto é, as exportações e importações;

A balança de serviços das contas externas. É considerado, sobretudo, as compras de brasileiros no exterior, incluindo gastos com importações de serviços financeiros, fretes e aluguel de equipamentos e até gastos de turismo;

A renda primária é o terceiro dado e trata das remessas de dinheiro e pagamentos (lucros, juros e dividendos) que as empresas multinacionais, com filial no Brasil, enviam para o exterior. Nesse cálculo, também estão as remessas que empresas brasileiras recebem do exterior.

No caso da balança comercial, houve superávit de US$7,2 bilhões em setembro de 2023, ante saldo positivo de US$2,1 bilhões em agosto de 2022.

O déficit na conta de serviços totalizou US$3,3 bilhões em setembro de 2023, aumento de 6,2% em relação a setembro de 2022. Os brasileiros reduziram em 46,9% os gastos com transportes.

Já na chamada renda primária houve saldo negativo de US$5,5 bilhões em setembro de 2023, redução de 13,0% comparativamente ao déficit de US$6,1 bilhões em setembro de 2022.

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