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TECNOLOGIA

iPhone mais tempo sem carregar? Apple prepara versão robusta para smartphones com IA

Até mesmo uma montadora clássica está apostando em novos materiais para composição de baterias para veículos elétricos

iPhone 16iPhone 16 - Foto: Nic Coury/AFP

A TDK, uma das principais fornecedores de baterias para os iPhones da Apple, lançará neste ano uma versão aprimorada de seu produto mais avançado para ajudar os dispositivos móveis a atender às crescentes demandas de energia geradas pela inteligência artificial (IA) integrada.

A empresa, com sede em Tóquio, planeja iniciar a produção em massa de suas células de ânodo de silício de terceira geração no final do verão, segundo o CEO Noboru Saito.

As baterias de silício, mais complexas de fabricar, mas com maior capacidade de energia do que as convencionais, já foram adotadas pela maioria dos principais fabricantes chineses de telefones, e Saito prevê um crescimento contínuo no mercado.

 

— Nosso investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento é uma das forças do nosso negócio, e planejamos acelerar esse ímpeto — disse o executivo de 58 anos, que trabalha na empresa há mais de três décadas.

A Amperex, subsidiária baseada em Hong Kong e principal fornecedora global de baterias móveis, introduziu pela primeira vez células de íons de lítio com ânodos de silício em 2023, após anos de pesquisa e aprimoramento.

Essas baterias apresentavam uma densidade de energia 5% maior do que as de ânodo de grafite, e a melhoria aumentou progressivamente para uma capacidade 15% superior na edição de 2025. Isso resultou em dispositivos como o recente Vivo X200 Pro, que tem o mesmo tamanho e peso de telefones com capacidade de 5.000 mAh, mas inclui uma célula de 6.000 mAh.

O potencial das baterias de silício também foi reconhecido pelas concorrentes da TDK, como a LG Energy Solution e a Samsung SDI, ambas desenvolvendo produtos desse tipo para uso em veículos elétricos.

O fornecedor de ânodos de silício da TDK e da ATL, a empresa americana Group14, conta com a Porsche como investidora estratégica e vê os veículos elétricos como a próxima fronteira para essa tecnologia, após os smartphones.

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— Praticamente todas as montadoras estão analisando baterias de silício devido aos tempos de recarga potencialmente muito mais rápidos — afirmou Rick Luebbe, CEO da Group14. Segundo ele, baterias de carro feitas de silício poderiam recarregar em cinco a sete minutos, enquanto as atuais, que utilizam grafite, precisam de 40 minutos ou mais.

A TDK está investindo tanto em aumento de capacidade quanto em pesquisa e desenvolvimento contínuos, disse Saito. Ele vê a vantagem da empresa em sua rapidez na produção em massa e na expertise da ATL em integrar os diversos elementos.

Segundo o analista Hideki Yasuda, da Toyo Securities, a TDK é atualmente a única empresa capaz de produzir baterias de silício em larga escala, devido à complexidade de montá-las em grandes volumes. Isso é uma grande vantagem para a empresa, mas nem tanto para seus clientes.

— Um componente que apenas uma empresa pode fabricar gera preocupações de escassez de oferta entre os clientes, e isso frequentemente impede a ampla adoção dessa tecnologia — alertou Yasuda.

Embora o segmento de ânodos de silício do negócio da TDK ainda seja pequeno, Saito está confiante de que os clientes reconhecerão o valor da tecnologia e o crescimento virá “passo a passo.”

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