Japão tem a segunda população mais velha do mundo, atrás apenas de Mônaco
País enfrenta um declínio na taxa de natalidade, com 1,34 filhos por mulher, muito abaixo da taxa de reposição populacional de 2,1
O Japão, com cerca de 28% do seu povo composto por pessoas com 65 anos ou mais, possui a segunda população mais velha do mundo, atrás apenas de Mônaco.
O fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a baixa taxa de natalidade e uma das maiores expectativas de vida globais: a média no Japão é de aproximadamente 84,8 anos, um dos mais altos do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Desde a década de 1970, o Japão enfrenta um declínio na taxa de natalidade, com 1,34 filhos por mulher, muito abaixo da taxa de reposição populacional de 2,1.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisa Populacional e Seguridade Social do Japão, essa queda na taxa de natalidade, combinada com o aumento na expectativa de vida, resultou em uma população em rápido envelhecimento.
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As projeções indicam que, até 2060, cerca de 40% da população japonesa terá 65 anos ou mais, o que exerceria uma grande pressão no sistema de saúde e de previdência social. Além disso, o envelhecimento da população afeta também a economia japonesa. Com a diminuição da força de trabalho e uma escassez de mão-de-obra que afeta a produtividade e o crescimento econômico.
O Banco do Japão e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) emitiu alerta sobre os desafios que o país enfrenta para sustentar seu sistema de seguridade social e manter a competitividade econômica.
Para tentar solucionar os problemas de mão-de-obra e cuidar dos idosos, o país começou a investir em tecnologias robóticas e de inteligência artificial, de acordo com relatórios do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão.
Outra estratégia são as várias políticas para lidar com o envelhecimento da população e incentivos para aumentar a taxa de natalidade, como subsídios para famílias com crianças e esforços para integrar mais mulheres e idosos ao mercado de trabalho. No entanto, o impacto dessas políticas tem sido limitado até agora, como aponta a OCDE em suas análises de políticas públicas.
Já Mônaco, com uma população muito menor, apresenta uma porcentagem ainda maior de idosos, mas o contexto é diferente devido ao pequeno tamanho da população e à concentração de riqueza. Segundo dados da ONU, Mônaco tem a população mais velha do mundo, com mais de 30% dos seus habitantes com 65 anos ou mais, um cenário similar, mas em uma escala muito menor do que o do Japão.