NEGÓCIOS

Joint venture entre Grupo EQM e Movimento Econômico fortalece jornalismo de economia regional

Com a parceria, o Movimento Econômico deixa de ser site para virar portal, cobrindo todos os estados da Região Nordeste

Eduardo de Queiroz Monteiro e Patrícia Raposo receberam lideranças empresariais e políticos para comunicar parceriaEduardo de Queiroz Monteiro e Patrícia Raposo receberam lideranças empresariais e políticos para comunicar parceria - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

O presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro, e a CEO do portal de notícias Movimento Econômico (ME), Patrícia Raposo, reuniram, na noite de ontem (27), em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, lideranças empresariais e políticos das esferas municipal, estadual e federal, para anunciar uma joint venture do Grupo com o ME. Com a parceria, o Grupo EQM passa a ser investidor do portal, ajudando na sua expansão, que passa a ter uma cobertura de todo o Nordeste.

 

O novo portal do Movimento Econômico conta também com a participação de jornalistas que vão atuar em outros estados da região, começando por Alagoas. A intenção é de que, até o final deste ano, chegue ao menos a mais quatro outros estados. Com essa parceria, o ME ganhará mais robustez e capilaridade para a cobertura jornalística da agenda econômica e de negócios a região.

De acordo com Eduardo de Queiroz Monteiro, a ideia da joint venture é dar a dimensão que o portal deve ter nos assuntos econômicos de Pernambuco e da Região Nordeste. “Nós precisávamos ter um jornalismo (econômico) qualificado no Nordeste. Patrícia vai fazer o que ela sabe muito bem, que é um jornalismo de conteúdo, com a sua equipe, sua estrutura, e nós vamos dar um suporte para que essa estrutura ande”, disse o empresário.

Depois de elogiar a trajetória profissional da fundadora e CEO do Movimento Econômico, Patrícia Raposo, o empresário destacou a importância da parceria. “Nós estamos precisando, nessa quadra da vida brasileira, de um jornalismo que emule, que emane e que, de maneira permeável, compreenda o que é a atividade econômica em seus diversos setores. E não tenho dúvidas que o Movimento Econômico será uma das ferramentas para essa nova fase que vive o Nordeste e o Brasil”, destacou. 

Vitrine
De acordo com a CEO do Movimento Econômico, o jornalismo econômico regional funciona como uma espécie de vitrine para que empresários da região, ou fora dela, entendam o que acontece aqui e os potenciais que o Nordeste oferece. “O perfil da gente é um perfil muito qualificado. É o empresário, o investidor, o economista, o gestor público. Tem muita aderência em redes como o LinkedIn, porque é uma rede que gosta muito desse conteúdo. Pessoas que querem fazer ou criar negócios, como startups, estão buscando esse tipo de conteúdo”, complementou Patrícia Raposo.

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), falou sobre a importância de se ter uma agenda de comunicação vinculada à atividade produtiva. “Isso, de fato, dialoga com o futuro. Não só a gente ter uma agenda estruturada das cidades, do Estado, da Região para o crescimento econômico. Mas que esteja ligada de forma direta à comunicação. Juntar duas trajetórias de muito respeito e credibilidade e consolidadas vai ter, com certeza, uma dimensão importante para nossa região e nossa cidade”, disse o prefeito.

Já o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, que representou a governadora Raquel Lyra (PSDB), ressaltou que ainda há um desconhecimento sobre o que se faz aqui no Nordeste, do ponto de vista econômico, por empresários de fora, sobretudo o que está se construindo de futuro a partir das potencialidades da região.  “Ter aqui um jornalismo regional que fale da nossa economia com constância, com perseverança, trazendo informações reais para o resto do Brasil entender o que está acontecendo, facilita em certa medida até o meu trabalho, porque esse desconhecimento faz com que os novos investidores olhem para região ainda com muita desconfiança”, disse o secretário. 

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou que a parceria do Grupo EQM com o ME se dá em um momento importante para Pernambuco e o Nordeste. “A gente está falando de dois parceiros que nos dão a clareza e a convicção de que esse movimento vai dar certo (crescimento do Nordeste). O Movimento Econômico representa o ponto de vista da importância de tudo que de positivo a gente tem”, disse Cabral.

Durante o anúncio da joint venture, os convidados assistiram a um vídeo em que, além de conhecer os detalhes da parceria, viram depoimentos de personalidades relevantes da economia local como o sócio-líder da Delloite para o Nordeste, Edson Cedraz, que também estava presente e fez um breve balanço da economia da Nordeste em relação ao Brasil; e a economista Tânia Bacelar. “Toda liderança do poder público e empresarial precisa dessa fonte segura de informação, principalmente em tempos que a gente vive de desinformação. Na Delloite, falamos muito de gestão de riscos e a gente tem visto que um dos principais riscos que as organizações enfrentam é a desinformação”, disse Cedraz.

Tânia Bacelar, no vídeo, deu um depoimento no qual afirmou que os principais centros de decisão econômica e política do Brasil (São Paulo e Brasília) têm uma visão deformada da região. “O Nordeste tem muitos potenciais que não são mostrados. O Nordeste perdeu densidade no sistema de informação brasileiro. É muito importante retomar o protagonismo do jornalismo regional, porque a leitura equivocada sobre a região é muito forte”, contou Tânia.

Presença
Dentre os presentes ao evento, estavam nomes representativos da economia do Estado como Renato Cunha (Sindaçúcar-PE), Ricardo Essinger (Fiepe), Ricardo Brennand (empresário), Fernando Dueire (senador), France Hacker (deputado), desembargador André Guimarães (TJPE), Avelar Loureiro Filho (Grupo ACLF), Romero Maranhão (empresário), Queiroz Filho (Ampla), Boris Berenstein (empresário), Maíra Fischer (secretária municipal de Finanças), Ana Luíza Ferreira (secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade e Fernando de Noronha), André Farias (Experience Club), Bruno Montanha (Caixa Econômica), Halim Nagem (Grupo Nagem) e João Humberto Martorelli (Martorelli Advogados) e Túlio Vilaça (Governo do Estado).

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