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Taxa Selic

Juros de empréstimos atingem maior patamar desde início da pandemia

Em setembro, a média ficou em 18,1% ao ano, menor valor da série iniciada em março de 2011

Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como instrumento a taxa básica de juros, a SelicPara alcançar a meta de inflação, o BC usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Com a alta da taxa básica de juros (Selic), o valor cobrado pelos bancos em novos empréstimos tem subido mês a mês. Em setembro, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central, a média chegou a 21,6% ao ano, maior valor desde o início da pandemia de Covid-19, em março.

No mês, houve elevação de 0,5 ponto percentual nos juros tanto para as famílias, que alcançaram 25,8% ao ano, quanto para empresas, 14,9% ao ano.

Em resposta à crise sanitária, o BC iniciou um ciclo de cortes que levou a Selic ao menor nível da história, a 2% ao ano, em agosto do ano passado. Já em março, quando o vírus chegou ao país, a autoridade monetária cortou 0,5 ponto percentual na taxa básica, que foi a 3,75% ao ano.


Como a Selic norteia todas as outras taxas, os juros bancários começaram a cair. Em setembro, a média ficou em 18,1% ao ano, menor valor da série iniciada em março de 2011.

Diante da escalada da inflação, no entanto, em março deste ano o BC voltou a subir taxa, que atualmente está em 6,25% e deve encerrar o ano perto de 9%.

O spread -diferença entre a taxa de captação dos bancos e o que eles cobram em empréstimos- ficou estável em 14,5 pontos, mas teve alta de 0,2 ponto nos 12 meses.

O saldo de crédito, que é todo o montante emprestado no sistema financeiro, chegou a R$ 4,4 trilhões em setembro, aumento de 2% em relação a agosto e o maior valor da série.

O estoque de financiamentos atingiu a marca de R$ 4 trilhões pela primeira vez na história em dezembro do ano passado, impulsionado principalmente por programas do governo para crédito às pequenas e médias empresas em meio à pandemia.

Em setembro, os bancos emprestaram R$ 445,1 bilhões, crescimento de 3,1% em relação a junho. A alta foi puxada pela concessão de crédito às empresas, com 3,7%. Para as famílias, houve alta de 0,5%.

A variação é calculada com ajuste sazonal, que retira peculiaridades do período, como número de dias úteis, para facilitar a comparação.

A inadimplência permaneceu estável no mês, em 2,3%. Em 12 meses, no entanto, houve queda de 0,1 ponto percentual.

 

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