Líbano precisa entre US$ 12 bi e US$ 15 bi para recuperar sua economia
O Líbano enfrenta uma crise econômica sem precedentes desde 2019, considerada uma das piores do mundo desde 1850
O governador do Banco Central do Líbano estimou nesta terça-feira (21), em uma entrevista à AFP, que seu país necessita entre 12 bilhões e 15 bilhões de dólares (entre 10,6 bilhões e 13,3 bilhões de euros) para reativar sua economia, que colapsou nos últimos dois anos.
O Líbano enfrenta uma crise econômica sem precedentes desde 2019, considerada uma das piores do mundo desde 1850, segundo o Banco Mundial (BM). Neste difícil contexto, o salário mínimo nacional não passa dos 25 dólares (22,2 euros) no mercado clandestino e quatro em cada cinco libaneses estão abaixo do limite da pobreza, segundo a ONU.
Para o governador do Banco Central libanês Riad Salamé,"a participação do Líbano no Fundo Monetário Internacional (FMI) é de aproximadamente 4 bilhões de dólares", mas outros países e instituições financeiras poderiam ajudar a alcançar essa quantia de "12 bilhões a 15 bilhões de dólares" necessários para "reativar sua economia".
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O governo libanês retomou em novembro suas negociações com o FMI, mas ainda não conseguiu alcançar as reformas exigidas pela comunidade internacional para receber ajuda.
Muito endividado, o Líbano anunciou em março de 2020 o primeiro "default" de sua história. A partir de então, as reservas obrigatórias em moedas estrangeiras caíram para 12,5 bilhões de dólares, ou seja, uma queda de mais de 50% desde o início desta crise econômica em 2019.