Política

Líder do MST em São Paulo ganha cargo em ministério de Alckmin

A ativista assume a posição de chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em meio à escalada de tensão do Abril Vermelho, a líder do Movimento Sem Teto do Centro (MSTC) de São Paulo, Carmen Silva, foi contemplada com um cargo por parte do governo Lula (PT). A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União.

A ativista assume a posição de chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, pasta comandada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

"É uma grande honra poder contribuir para a promoção da participação social, igualdade de gênero, étnica e racial, a proteção dos direitos humanos e o enfrentamento das desigualdades sociais e regionais. Mas, acima de tudo, essa é uma oportunidade de levar a voz e as demandas da sociedade civil para dentro do governo e fortalecer os mecanismos democráticos de diálogo e atuação conjunta", disse Carmen Silva.

A nomeação de Carmen ocorre em meio às invasões do MST no chamado Abril Vermelho, jornada anual de lutas do movimento em prol da reforma agrária. O governo tem sido alvo de críticas por ceder às pressões do movimento.

Uma das invasões ocorreu em uma propriedade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na madrugada do dia 16 de abril, em Pernambuco. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT) repudiou o ocorrido:

— Eu condeno veementemente qualquer ato que dafinifique áreas e processos produtivos. Não é a melhor forma de lutar para qualquer coisa. Temos outros instrumentos para as mais variadas lutas. É muito importante a agricultura familiar, viabilizar economicamente os assentamentos rurais que nós temos, melhorar a qualidade de vida nesses territórios, porque boa produção da agricultura familiar significa comida saudável na mesa do nosso povo — afirmou.

Nesta sexta-feira (21), em Brasília, Padilha voltou a criticar o MST e afirmou que os grupos sociais possuem "outras formas de lutar" e reivindicar direitos.

A assessoria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços foi procurada e a reportagem será atualizada, em caso de manifestação.

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