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CÂMARA FEDERAL

Lira quer votar arcabouço fiscal na próxima semana

Câmara fará última análise do tema e irá discutir alterações feitas pelo Senado

O presidente da Câmara, Arthur LiraO presidente da Câmara, Arthur Lira - Foto: Brenno Carvalho

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), indicou a pessoas próximas que será possível votar na próxima semana o projeto do novo arcabouço fiscal, que precisa passar por uma última análise dos deputados.

Com a volta dos trabalhos do Congresso, após o recesso, o governo negocia para votar o arcabouço fiscal o quanto antes na Câmara. Será a última votação antes de o projeto ser encaminhado para a sanção do presidente Lula. A data-limite definida pelo governo é o fim do mês. A expectativa é que a pauta da Câmara ganhe tração na próxima semana.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer uma reunião com Lira nesta semana para discutir o assunto. Antes da votação, ainda haverá uma reunião entre os líderes partidários e o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), relator do projeto.

O objetivo dos ministérios da Fazenda e do Planejamento é ver a proposta ser transformada em lei nos próximos dias para ter segurança na construção do Orçamento de 2024 — que será encaminhado ao Congresso no dia 31 de agosto.

Já aprovado na Câmara e no Senado, o arcabouço voltou para mais uma análise dos deputados. Os deputados agora vão analisar apenas as alterações feitas pelos senadores.

Preocupação de Tebet
Uma das principais alterações feitas no Senado foi com relação ao cálculo da inflação que será considerada para corrigir as despesas do arcabouço fiscal.

Na prática, o texto aprovado no Senado permite que a parcela da inflação projetada entre julho e agosto deste ano seja considerada na elaboração do Orçamento — com aval posterior do Congresso.

A versão aprovada na Câmara não permitia considerar essa despesa, sendo possível apenas um crédito suplementar ao Orçamento no início do próximo ano.

Essa alteração permitirá ao governo evitar um corte da ordem de R$ 40 bilhões na proposta orçamentária de 2024, de acordo com cálculos do Ministério do Planejamento. A ministra Simone Tebet trabalhou diretamente nessa mudança.

Tebet prefere garantir esses R$ 40 bilhões agora, no projeto do Orçamento, do que no ano que vem — o que iria abrir uma batalha com os parlamentares sobre o destino da verba.

Outra mudança feita pelo Senado foi retirar do limite de despesas do arcabouço os gastos com o Fundeb (fundo de financiamento da educação básica), do Fundo que abastece o Orçamento do Distrito Federal e de despesas com ciência e tecnologia (sem especificar o que é isso).

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