Economia

Lockdown pode afetar crescimento econômico do primeiro semestre, diz presidente do Banco central

Campos Neto disse acreditar em um segundo semestre melhor, com o avanço da vacinação

Comércio do centro do Recife durante quarentena mais rígida, em 2020Comércio do centro do Recife durante quarentena mais rígida, em 2020 - Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que dados recentes do comércio mostram recuperação, mas que ainda não refletiram os efeitos do que chamou de "pequeno lockdown", ocorrido em algumas cidades do País nos últimos dias.

Desde a semana passada, governadores e prefeitos paralisaram atividades em meio à piora da pandemia de Covid-19 e à superlotação de leitos, sobretudo as UTIs. Segundo ele, se as restrições aumentarem, o desempenho da economia deverá ser pior no primeiro semestre.

"O comércio melhorou [recentemente], mas ainda não pega efeito do pequeno lockdown. Sempre destacamos que a recuperação é desigual e o setor de serviços segue deprimido. Se tiver um lockdown maior pode gerar primeiro semestre um pouco pior", disse em evento virtual promovido pela Arko Advice e pela Empiricus, na noite desta terça-feira (2).

Para Campos Neto, o segundo semestre terá desempenho melhor com a vacinação e o mercado de trabalho terá retomada gradual. "Vimos recentemente novas variantes do vírus que estão em alguns estados. Dá para dizer pela curva de contaminação que ela é mais contagiosa, mas não sabemos se é mais letal", afirmou.

"Outros países vêm em curva de contaminação descrescente e o Brasil vinha crescendo, estabilizou e agora começou a acelerar", completou.

O titular do BC disse que os lockdowns deverão ser temporários por conta da vacinação. "O Brasil é o quinto país que mais vacina no mundo", frisou.

Ele disse acreditar que todo o grupo de risco estará vacinado até junho. "Assim você retira o fator medo e as coisas voltam a funcionar.”

Campos Neto voltou a falar que o País precisa de credibilidade na área fiscal e ponderou que, com a piora da pandemia, a incerteza com relação às contas públicas aumentou. "O desafio fiscal é grande, precisamos de uma resposta institucional à altura", afirmou.

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