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Lucro da Meta, dona de Facebook e Instagram, cai 52% no terceiro trimestre e fica em US$ 4,4 bi

Com mercado publicitário fraco, empresa registra receita de US$ 27,7 bilhões no período, uma queda de mais de 4% em relação ao ano anterior

Facebook/MetaFacebook/Meta - Foto: Chris Delmas/AFP

A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, teve um lucro líquido de US$ 4,4 bilhões no terceiro trimestre, o que representa uma queda de 52% em relação aos US$ 9,19 bilhões em relação ao mesmo período de 2021. O resultado mostra que a plataforma continua lutando com um mercado de publicidade fraco em meio a uma desaceleração econômica.

A empresa registrou receita trimestral de US$ 27,7 bilhões, uma queda de mais de 4% em relação ao ano anterior, após registrar uma queda de 1% no último trimestre .

As ações da companhia fecharam em queda de 5,6% nesta quarta-feira (26). Após o fechamento do mercado, as ações caíam mais de 15%.

A Meta, que obtém a maior parte de sua receita com publicidade, está enfrentando uma série de desafios, incluindo a situação macroeconômica difícil , a crescente concorrência do rival TikTok e uma mudança recente nas regras de privacidade da Apple Inc., que tornou os anúncios de mídia social menos eficazes.

No trimestre, a publicidade chegou a US$ 27,2 bilhões, uma queda de quase 4% em relação ao ano anterior.

A Meta cortou custos, diminuindo a contratação de profissionais e estreitando as prioridades, para se concentrar em manter suas plataformas de mídia social relevantes e expandir as ofertas de realidade virtual. O CEO Mark Zuckerberg disse que a empresa está fazendo “mudanças significativas em todos os setores para operar com mais eficiência” e “aumentou o escrutínio em todas as áreas de despesas operacionais”.

Este ano, a Meta transformou várias partes importantes de seus negócios. Com a concorrência do TikTok, mudou as experiências do Facebook e do Instagram para mostrar mais conteúdo escolhido por algoritmos e menos das pessoas que você segue. Seus vídeos curtos, os Reels, visam aumentar o envolvimento do usuário e as oportunidades de receita no aplicativo.

A empresa, que mudou seu nome de Facebook para Meta há um ano, também está apostando alto no metaverso, o espaço coletivo de realidade virtual que Zuckerberg acredita que sediará o futuro do trabalho e da comunicação.

Zuckerberg disse que espera uma receita de US$ 30 bilhões a US$ 32,5 bilhões nos últimos três meses do ano. Analistas esperavam US$ 32,2 bilhões, segundo estimativas compiladas pela Bloomberg.

Enquanto isso, as despesas totais devem ficar entre US$ 85 bilhões e US$ 87 bilhões este ano. Para 2023, esse número crescerá para US$ 96 bilhões a US$ 101 bilhões, informou a empresa,

“Enquanto enfrentamos desafios de curto prazo na receita, os fundamentos estão lá para um retorno a um crescimento mais forte da receita”, disse Zuckerberg, em comunicado. “Estamos nos aproximando de 2023 com foco na priorização e na eficiência que nos ajudarão a navegar no ambiente atual e emergir como uma empresa ainda mais forte”.

No terceiro trimestre, 4% mais pessoas passaram o tempo nas plataformas do Meta todos os dias, em comparação com o mesmo período do ano passado, com 2,93 bilhões de usuários ativos diariamente. Mensalmente, a gigante da tecnologia viu 3,71 bilhões de usuários ativos.

“A Meta está com as pernas bambas quando se trata do estado atual de seus negócios”, disse Debra Aho Williamson, analista da Insider Intelligence. “A decisão de Zuckerberg de focar sua empresa na promessa futura do metaverso desviou sua atenção das infelizes realidades de hoje: a Meta está sob incrível pressão do enfraquecimento das condições econômicas mundiais, desafios com a política de transparência de rastreamento de aplicativos da Apple e concorrência de outras empresas, incluindo TikTok, para usuários e receita.”

Mas a Meta não é a única empresa de tecnologia a sucumbir à nova realidade econômica. Na terça-feira, a Alphabet Inc. divulgou lucros e receitas do terceiro trimestre que ficaram abaixo das expectativas dos analistas.

O Google, que foi excepcionalmente resiliente à desaceleração dos anúncios digitais deste ano, e o YouTube tiveram vendas abaixo das estimativas. Na semana passada, a Snap Inc. divulgou o menor crescimento trimestral de vendas de todos os tempos, mesmo depois de passar o ano encolhendo e reorientando seus negócios.

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