Trabalho

Lula afirma que lançará 'grande programa de obras' no começo de julho

Presidente também afirmou que quer lançar o um programa "Mais Alimento" para produzir tratores e implementos agrícolas para estimular produção alimentar

Presidente da República, Luís Inácio Lula da SilvaPresidente da República, Luís Inácio Lula da Silva - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (13) que lançará no dia 2 de julho um "grande programa de obras". O presidente deu as declarações durante uma live com o jornalista Marcos Uchôa para tratar sobre as principais ações do governo.

— A partir do dia 2 de julho, lançar um grande programa de obras. Um grande programa para o desenvolvimento nacional com obras de infraestrutura para todas as áreas.

O presidente também afirmou que quer lançar o um programa "Mais Alimento" para produzir tratores e implementos agrícolas para estimular produção alimentar.

— Queremos fazer programa mais alimento, para produzir trator, implementos agrícolas para pequeno e médio produtor rural brasileiro.

Esta é a primeira live de Lula em seu mandato. A estratégia é a mesma adotada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que fazia transmissões ao vivo do Palácio do Alvorada.

Desde o início do mandato, a Secretaria de Comunicação do governo vem discutindo um formato para colocar o presidente em contato com a população por meio das redes sociais para falar com público distintos. Lula não tem um celular e não opera os seus perfis nas plataformas. Durante a campanha, chegou a ser perguntado durante entrevista ao Flow Podcast qual seria o endereço de suas redes, mas respondeu que não sabia.

— Ó, lá em casa quem cuida (das redes) é a Janja. No PT, é o Chrispiniano (assessor). Eu não me preocupo... Quer dizer, eu não quero. Eu sou um cara que não tem essa preocupação mais, sabe?

A ideia da equipe de Lula é que as transmissões do presidente também tenham uma periodicidade definida, mas isso ainda não está fechado. Na terça-feira da próxima semana, o presidente estará na Europa e não deve fazer transmissões. Lula visitará o Vaticano e a França.

Durante a live, Lula afirmou que, além do encontro com Papa, tentará uma agenda com o presidente da Itália e participará também de um debate econômico em Paris.

— Estou indo na Itália visitar o Papa [..] Quero não apenas encontrar com o papa mas eu quero encontrar com o presidente da Itália. Depois vou participar de um debate econômico em Paris que eu vou fazer o encerramento do encontro econômico. Depois o Alckmin vai na Celac, em Bruxelas, numa reunião da América Latina com União Europeia. Vou pedir pro Alckmin ir para eu poder fazer mais umas viagens aqui dentro do Brasil.

Desde a ascensão do bolsonarismo em 2018, a esquerda debate uma forma de ter uma presença mais forte nas redes sociais. Os petistas reconhecem que os adversários conseguem, em geral, uma comunicação mais eficaz e com maior poder de mobilização.

Na campanha, a estratégia digital de Lula foi encabeçada pelo deputado federal André Janones (Avante-MG), que foi o principal braço de embate com o bolsonarismo nas redes. Hoje, no Palácio do Planalto, Lula conta com uma equipe para tocar suas redes sociais, mas segue distante do mundo digital.

Agro

O presidente Lula também também falou do plano Safra, que está previsto para anúncio no fim deste semestre. Segundo ele, o plano é voltado "tanto para a agricultura familiar quanto o agronegócio". Lula também reforça que, da parte do governo, não há nenhum objeção à atividade econômica:

— Eu nunca tive problema com o agronegócio. Eu governei por 8 anos esse país. Eles sabem tudo o que fizemos por eles. No nosso tempo, uma dessas máquinas coletadoras (sic) era financiada com 2% de juros ao ano, hoje eles estão pagando 14% a 18% de juros ao ano. Do ponto de vista econômico eles não tem problema conosco. O problema pode ser ideológicos e se for, paciência — disse.

União Europeia

Lula confirmou que o acordo entre o Mercosul e União Europeia estava no centro das discussões com a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta última segunda-feira. O ponto de conflito, que está travando as negociações, é as chamadas compras governamentais.

— Eu disse pra ela que nós temos um problema, que nós não aceitamos colocar comprar governamentais no acordo porque se não a gente mata pequena e média empresa brasileira. O que ela disse para mim: 'presidente o que é importante é vocês colocarem no papel o que vocês querem'. Nós colocamos no papel e vamos ver se até o final do ano faz o acordo. Eu quero fazer o acordo e se Deus quiser quero fazer até o final do ano.

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