BRASIL

Lula afirma que Vale precisa "prestar contas ao Brasil" e não pode agir como "dona" do país

Presidente citou uma série de problemas ambientais da empresa, criticou "monopólio" e afirmou que não discute sucessão do comando da mineradora

Presidente LulaPresidente Lula - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta terça-feira a atuação da mineradora Vale, a maior do país, e afirmou que a empresa precisa "prestar contas ao Brasil". Para o petista, a empresa não pode agir como "dona" do país.

Lula deu as declarações durante entrevista para o programa "É Notícia", da RedeTV, que foi ao ar na noite desta terça-feira.

Ao tocar no assunto, o presidente citou uma série de problemas ambientais envolvendo a empresa e afirmou que a Vale não pode ter o "monopólio" do setor.

"A Vale está tendo problemas no Pará, em Minas Gerais, não pagou o que gerou em Brumadinho. Eles ficam fazendo propaganda como se fosse a empresa mais importante do Brasil, mas é só perguntar para os mineiros" afirmou Lula.

Em seguida, Lula defende uma "nova política mineral", critica o "monopólio" da empresa e afirma que a Vale precisa "prestar contas ao Brasil".

O que queremos é uma nova política mineral, queremos dar força para todas empresas que estão querendo cuidar de minerais críticos. A Vale não pode ter o monopólio. A Vale é que precisa prestar contas ao Brasil.

 

Lula, então, afirma que a Vale não pode "pensar que é dona do Brasil" e afirmou que empresas brasileiras precisam estar "de acordo com o entendimento de desenvolvimento do governo brasileiro". O presidente, no entanto, não deixa claro se está se referindo apenas às com participação da União ou todas as empresas do país.

A Vale não pode pensar que ela é dona do Brasil, que ela pode mais do que o Brasil. As empresas brasileiras precisam estar de acordo com o entendimento de desenvolvimento do governo brasileiro.

Ao falar sobre o comando da empresa, Lula afirmou que não discute a sucessão da Vale. Recentemente, no entanto, o presidente defendeu nos bastidores a indicação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como CEO da mineradora.

Integrantes do governo afirmam à época que esperavam que a desistência de Lula fosse entendida entre os acionista da empresa — que é privada —, que seria preciso escolher outro nome como CEO no lugar de Eduardo Bartolomeo, que ocupa o posto atualmente. O governo não concorda com a manutenção de Bartolomeu.

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