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SÃO PAULO

Lula critica ideia de privatizar o Porto de Santos e diz que governo fará mais que empresários

Privatização é defendida pelo governador de SP

Tarcísio de Freitas e LulaTarcísio de Freitas e Lula - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a possibilidade de privatização do Porto de Santos, bandeira defendida pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). De acordo com o petista, o governo federal irá mostrar que fará mais do que qualquer empresário no complexo portuário do litoral paulista.

"Aqui no Brasil se estabeleceu uma narrativa criada pela elite brasileira de destruir a imagem do Estado. De destruir a imagem do poder público. A ideia de que o Estado não vale nada, de que o governador não tem que ter ideia, de que o presidente não tem que ter ideia, que nós seremos bonecos na mão deles que apresentam para nós aquilo que acham que tem que ser feito", declarou o presidente em cerimônia em comemoração aos 132 anos do Porto de Santos e Anúncio de Investimentos no Túnel Submerso Santos-Guarujá na manhã desta sexta-feira (2).

"Nós que fomos eleitos é que temos o direito de governar. Nós queremos provar que esse porto com a sua autoridade portuária vai fazer tanto ou mais do que qualquer empresário faria nesse País", acrescentou. "Precisamos nos transformar em um país altamente desenvolvido e por isso tiramos esse porto da política de privatização."

Lula comparou a situação com o Sistema Único de Saúde (SUS) que, apesar da eficiência, costumava-se mostrar "o que não funcionava". O grande gestor desse país era o cara da lojas Americanas, o tal do Jorge Paulo Lemann, que deu calote de quase R$ 40 bilhões nesse País quebrando a loja dele e quase quebrando o sistema financeiro. E depois é o poder público que não sabe governar", criticou o presidente.

"Nós queremos provar que, se o Estado for responsável, o Estado vai fazer o que tem que ser feito. Esse túnel é necessário e fica muito caro se fizer sozinho", comentou.

PAC
Lula contou do lançamento do primeiro Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007, e que o governo planejou o que aconteceria até o final de 2010. "Após o 1º PAC, proibimos ministros de lançarem novas obras, agora fizemos o mesmo", disse De acordo com ele, as ideias do novo PAC não são do presidente ou do ministro da Casa Civil, Rui Costa, responsável pela coordenação do programa. "O PAC é o resultado da maturidade política de a gente estar em contato com os 27 governadores do Estado", disse.

"O que estamos fazendo não é resultado de uma ideia do presidente da República, mas da construção coletiva de prefeitos e governadores e governo federal que querem, pelo menos uma vez na vida no século 21, não estragar a oportunidade que o Brasil tem em se transformar em uma economia rica, próspera."


 

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