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Veículos

Lula critica preço: "Vamos fazer carros a preços mais compatíveis, aumentar as prestações"

Presidente discursou durante reunião de reabertura do "Conselhão"

Luiz Inácio Lula da Silva durante Sessão Inaugural do CDESSLuiz Inácio Lula da Silva durante Sessão Inaugural do CDESS - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira (4) o preço dos automóveis no Brasil. Segundo Lula, é preciso que a indústria viabilize modelos que custem menos para que a população possa ter acesso a veículos.

Lula participou da primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o "Conselhão", no Palácio do Itamaraty. O grupo foi recriado por Lula após ter sido extinto durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

– A massa salarial e as conquistas sociais não acompanham o crescimento da economia desse país. Vocês se lembram quantas coisas nós fizemos. Abri financiamento especial para geladeira, para fogão, para linha branca de tudo, para automóveis. A fábrica de automóveis não está vendendo bem, mas qual o pobre que pode comprar um carro popular por R$ 90 mil? Um carro de R$ 90 mil não é popular, é para classe média – criticou Lula.

O presidente defendeu que haja mais modelos mais acessíveis e que as empresas facilitem o financiamento dos veículos.

– Popular é um carro mais barato, mais simples. E o povo não gosta também desse nome "popular", porque quando fala "vai comprar um carro popular, uma geladeira popular, um fogão popular, tudo é rebaixar a gente. As pessoas gostam de comprar o que podem, mas aquilo que ele comprou é o melhor. Então por que codificar de "popular" ? Vamos fazer carros a preços mais compatíveis, aumentar as prestações – disse Lula.

Em sua fala, Lula também destacou as turbulências políticas no país e afirmou que o Brasil viveu uma "esculhambação da democracia". O presidente disse ainda que a classe política foi desmoralizada e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram atacados, período que classificou como "trevas".

O Conselhão será composto por 246 membros da sociedade, incluindo representantes de organizações e empresários, que opinarão sobre as políticas governamentais e poderão influenciar na agenda do Executivo.

Entre os membros, estão Luiza Trajano, da Magalu; Neca Setúbal, herdeira do Itaú; Cristina Junqueira, uma das fundadoras do Nubank; o youtuber Felipe Neto; a influenciadora Nath Finanças; Marco Aurélio Carvalho, advogado do grupo Prerrogativas; Bela Gil; Fábio José Silva Coelho, presidente do Google; e Ayala Ferreira, do setor de direitos humanos do MST.

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