Logo Folha de Pernambuco
BRASIL

Lula defende Galípolo e diz que presidente do BC "não pode dar cavalo de pau em um mar revolto"

Em entrevista coletiva a jornalistas nesta quinta-feira no Palácio do Planalto, Lula disse que já esperava pelo aumento da Selic

Lula elogia Galípolo, masdisse que 'ainda não está pensando' na indicação para presidência do Banco Central Lula elogia Galípolo, masdisse que 'ainda não está pensando' na indicação para presidência do Banco Central  - Foto: Reprodução

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, de críticas sobre o aumento da taxa básica de juros anunciado na quarta-feira, 29. Disse nesta quinta-feira, 30, que o presidente do Banco Central "não pode dar cavalo de pau em um mar revolto de uma hora para outra" e que "já estava praticamente demarcada a necessidade da subida de juros pelo outro presidente e Galípolo fez aquilo que entendeu que deveria fazer".

"Temos consciência de que é preciso ter paciência. Tenho 100% de confiança no trabalho do presidente do BC e tenho certeza de que ele vai criar as condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros menor, no tempo em que a política permitir que ele faça. Nós, como governo, temos de cumprir a nossa parte. A sociedade cumpre a parte dela. E o companheiro Galípolo cumpra a função que ele tem de coordenar a política monetária brasileira", declarou Lula.

 

Em entrevista coletiva a jornalistas nesta quinta-feira no Palácio do Planalto, Lula disse que já esperava pelo aumento da Selic, e destacou que o novo presidente do BC é "da maior competência do ponto de vista econômico".

"Quando o chamei para o Banco Central, disse: 'Galípolo, você é meu amigo, mas você vai ser presidente do Banco Central. No meu governo, presidente do BC vai ter autonomia de verdade, porque o (Henrique) Meirelles já teve por oito anos. Faça o que for necessário fazer. O que quero que você saiba é que o povo e o Brasil espera que a taxa de juros seja, dentro do possível, controlada, para que a gente possa ter investimento e mais desenvolvimento sustentável, gerar mais empregos e mais distribuição de riquezas no País. Não esperava milagres, mas que as coisas acontecessem da maneira que ele entendeu que deva acontecer", declarou o presidente da República.

Veja também

Newsletter