Lula e Macron conversam sobre decisão da Meta em encerrar checagem de fatos
Presidentes pactuaram trabalhar juntos para combater desinformação nas redes sociais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês Emmanuel Macron conversaram por telefone nesta sexta-feira sobre o encerramento da checagem de fatos nas redes sociais da Meta (Facebook, Instagram e Whatsapp). Lula e Macron pactuaram que os dois países devem trabalhar juntos para combater a desinformação nas redes e preservar a soberania dos Estados.
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"Eles concordaram que liberdade de expressão não significa liberdade de espalhar mentiras, preconceitos e ofensas. Ambos consideraram positivo que Brasil e Europa sigam trabalhando juntos para impedir que a disseminação de 'fake news' coloque em risco a soberania dos países, a democracia e os direitos fundamentais de seus cidadãos", diz a Presidência.
Em uma conversa de cerca de 30 minutos de duração, Lula também elogiou as manifestações do governo francês sobre a nova decisão da Meta. Na última quarta-feira, a França expressou preocupação diante da decisão da empresa de suspender o programa de checagem de fatos nos EUA, e garantiu estar "vigilante" sobre o tema.
As novas diretrizes da empresa permitem que usuários associem doenças mentais a gênero ou orientação sexual, em contextos de debates religiosos ou políticos. Também flexibilizam restrições a discursos que defendem a limitação de gêneros em determinadas profissões.
A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou uma notificação extrajudicial hoje para a Meta, questionado sobre as alterações.
A ordem foi dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após o recebimento da interpelação, a Meta terá 72 horas para responder as medidas que serão adotadas para evitar conteúdos criminosos, com desinformação e perigosos para menores de idade nas redes.