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Lula sobre o BC: "Só temos uma coisa desajustada: o comportamento do Banco Central"

Presidente Lula concedeu entrevista na manhã desta terça-feira (18)

Presidente LulaPresidente Lula - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que o comportamento do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto está "desajustado". Segundo ele, o chefe da autoridade financeira tem "lado político" e não demonstra "capacidade de autonomia".

Em entrevista à Rádio CBN nesta terça-feira (18), o presidente voltou a criticar Roberto Campos Neto, que se reuniu com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Jair Bolsonaro, na última semana.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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"Nós só temos uma coisa desajustada no Brasil nesse instante, é o comportamento do Banco Central, essa é uma coisa desajustada. Um presidente do BC que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que na minha opinião trabalha muito mais para prejudicar o país do que ajudar, porque não tem explicação a taxa de juros do jeito que está" afirmou o presidente.

Lula ainda criticou reunião de Campos Neto como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Jair Bolsonaro cotado para concorrer à Presidência em 2026. Na ocasião, segundo o jornal Folha de S.Paulo, o presidente do BC disse que aceitaria ser ministro da Fazenda em um eventual governo de Freitas.

— Não é que ele encontrou com o Tarcísio em uma festa. A festa foi para ele, foi uma homenagem que o governo de São Paulo fez para ele, certamente porque o governador de São Paulo está achando maravilhoso a taxa de juros de 10,50%. Deve estar achando maravilhoso. Então, quando ele se auto lança para um cargo, eu fico imaginando, a gente vai repetir um Moro? O presidente do BC está disposto a fazer o mesmo papel que o Moro fez? Um paladino da Justiça, com rabo preso a compromissos políticos? Então o presidente do BC precisa ser uma figura séria, responsável e ele tem que ser imune aos nervosismos momentâneos do mercado.

A reunião do Copom para definir a taxa Selic começa nesta terça-feira com dúvidas no mercado se interromperá a sequência de redução nos juros iniciado agosto de 2023 . A taxa atual está em 10,5%.

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