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Previdência

Lupi diz que governo voltará a pagar bônus a servidores do INSS ainda este mês

Entre dezembro e fevereiro, a fila do INSS cresceu 17,8%, saindo de 1,087 milhão para 1,281 milhão. Os atrasos acima de 45 dias subiram 28,7%

Previdência SocialPrevidência Social - Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

O ministro da Previdência, Carlos Lupi, disse que o governo volta a pagar o bônus para servidores do INSS e médicos peritos ainda neste mês. Previsto em lei para ajudar a reduzir a fila do INSS, o bônus vigorou até dezembro e deveria ter recomeçado em janeiro. Segundo Lupi, 1,8 milhão de segurados aguarda uma definição do pedido de benefício.

- A minha expectativa é que saia ainda neste mês - disse o ministro, após se reunir com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

De acordo com dados oficiais, entre dezembro e fevereiro, a fila do INSS, sem contar perícias médicas, cresceu 17,8%, saindo de 1,087 milhão para 1,281 milhão. Os atrasos acima de 45 dias subiram 28,7%, de 470.519 para 605.538.

O ministro explicou que a demora se deve à revisão dos critérios para o pagamento do bônus.

- Você concentrava um grande volume de recursos em um núcleo muito pequeno. Vamos criar métodos para beneficiar quem produz mais - mencionou o ministro.

Ele disse que a ideia é democratizar o pagamento do bônus. Afirmou que um pequeno grupo de funcionários recebia R$ 10 mil de bônus, e a maioria, entre 70% e 80%, entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil.

- Com o bônus, teremos tarefas de exames documentais feitas em contra turno, permitindo até dobrar a capacidade de análise por parte do INSS e da perícia - disse o ministro.

O bônus correspondia a R$ 57,50 para servidores do INSS a cada análise extra de processo com atraso superior a 45 dias ou com suspeita de irregulares. Para os médicos, o valor do bônus era de R$ 61,72 a cada perícia extraordinária.

Esses valores devem ser mantidos, segundo Lupi.

Indagado se o governo federal terá recursos para pagar o salário-mínimo de R$ 1.320 a partir de janeiro, respondeu que ele não cuida de questão orçamentária. O aumento do salário-mínimo afeta as contas da Previdência.

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