Magda Chambriard diz que Petrobras tem que ser rentável e atender a interesse dos acionistas
Disse ainda que há muitos desafios para a estatal
Em meio aos rumores de que pretende alterar parte da diretoria da Petrobras, Magda Chambriard, nova presidente da estatal, disse, em coletiva de imprensa, que a empresa tem que ser rentável e atender aos interesses dos acionistas, sejam eles privados ou governamentais.
— Isso se busca com conversa. Gerir essa empresa para dar lucro é muito fácil. E vamos fazer isso. Nosso esforço será pela tempestividade e agilidade. Vamos respeitar a lógica empresarial. Dando lucro, sendo tempestiva e atendendo aos interesses tanto dos acionistas públicos e privados, nós vamos fazer. A palavra-chave é conversa. E colocar a empresa à disposição dos acionistas dentro da lógica empresarial.
Disse ainda que há muitos desafios para a estatal:
— Quero agradecer a confiança do governo brasileiro e tenho que retribuir com muito zelo. A Petrobras é uma empresa com trajetória de imensos desafios. O pré-sal foi um deles e foi superado. Hoje, temos mais um. E temos a garantia da segurança energética do país em um momento em que também temos que enfrentar a transição energética.
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Segundo ela, o pré-sal representa 26% da balança comercial do Brasil. Mas disse que o pico de produção do pré-sal chega por volta de 2030.
— Temos que tomar cuidado com as reposições da reserva. E esta fora de cogitação a importação. É trazer a necessidade de explorar novas fronteiras, como a questão do Amapá, na Margem Equatorial, e Pelotas, no Sul do Brasil. Isso tem que ser enfrentado e acelerado. Isso faz parte de uma lógica negocial da empresa. Avançar em novas fronteiras e incentivar a cadeia nacional estão no nosso escopo. É garantir uma Petrobras com perenidade de atuação.
Magda foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre 2012 e 2016, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Antes de ingressar na ANP, foi funcionária de carreira da Petrobras, onde trabalhou por 22 anos. Ela assume a companhia no lugar de Jean Paul Prates. Engenheira, ela participou do grupo de transição na área de energia do governo Lula.