Maioria das famílias pernambucanas está endividada. Veja o quanto
Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio mostra que a situação está complicada para todo mundo
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio, em março de 2023, 83,6% das famílias pernambucanas tiveram o orçamento comprometido com dívidas. Os dados regionais foram extraídos pela Fecomércio Pernambuco. Em números absolutos, foram mias 436 mil famílias estavam endividadas – o que representa uma queda de 0,41% em comparação com o mês de fevereiro e um avanço de 1,24% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Para calcular a PEIC, são levadas em conta as despesas contraídas com cartão de crédito, cheques pré-datados, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóveis, prestações de carros e seguros. Levando em conta o recorte de renda, 41,4% das famílias pernambucanas que recebem até 10 salários-mínimos possuem dívida em atraso. Apenas 8% daqueles com renda acima desse valor possuem dívida atrasada.
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Entre as famílias com atraso no seus pagamentos, 52,6% daquelas que estão na faixa de remuneração mais baixa não terão condições de pagar a dívida no próximo mês Já 21,4% das famílias com mais de 10 salários-mínimos terão condições de pagar suas dívidas parcialmente. Isso implica que a cobrança de juros e multas, além do impacto na pontuação de crédito e nas oportunidades futuras de empréstimo.
Em geral, o tempo médio de comprometimento do orçamento familiar com dívidas, em Pernambuco, é de 33 semanas – cerca de 8 meses. Do grupo que tem renda de até 10 salários, 31,5% estão comprometidos com dívidas entre 3 e 6 meses. Daqueles que recebem acima disso, 41,4% estão comprometidos com dívidas por mais de 1 ano. O tempo médio de atraso no Estado é de 62 dias. No Brasil, a média é de 63 dias.
Segundo a Fecomércio, os dados do Cadastro Geral de Empregados de Desempregados (Caged) de fevereiro podem estar relacionados com o resultado da pesquisa da CNC e apontando para uma recuperação no poder de compra dos consumidores, em função do aumento na quantidade de empregos formais no Estado, principalmente no setor de serviços. Essa tendência sugere uma possível redução nos níveis de endividamento no futuro.