Maioria das passagens da Voepass foi vendida pela Latam; empresa orienta passageiros
Operações da aérea foram suspensas temporariamente pela Anac nesta terça-feira. Saiba como remarcar sua passagem ou ter reembolso
A maioria dos 33 mil bilhetes aéreos já vendidos pela Voepass, empresa cujas operações foram suspensas nesta terça-feira pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), foi comercializada pela Latam, que tinha uma acordo de compartilhamento (codeshare) com a companhia, segundo técnicos do governo.
A partir desta terça-feira, a Latam vai notificar os passageiros sobre as possibilidades de remarcação em outras empresas, sem custo ou o reembolso integral do bilhete. O acordo entre a Latam e a Voepass atendia voos regionais.
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Em nota, a Latam informou que os clientes com passagens do codeshare com a Voepass que tenham tido voos cancelados poderão adotar as seguintes mudanças de suas reservas diretamente no site:
Alterar o voo sem multa e diferença tarifária, sujeito a disponibilidade da mesma cabine e dentro da validade da passagem aérea.
Para as rotas em que houver operação com voos Latam, os passageiros serão acomodados nestes voos.
Nos demais casos, poderão ser acomodados em voos de outras companhias aéreas.
O reembolso integral da passagem aérea sem multa também poderá ser solicitado.
Segundo integrantes do governo, nenhum trecho ficará desassistido porque são atendidas por Gol e Azul. A remarcação do voo nessas companhias vai depender da disponibilidade de voo.
A Voepass estava operando com seis aeronaves em 15 destinos com voos comerciais e duas com contratos de fretamento, segundo a Anac. A situação da empresa vem se agravando desde o acidente aéreo no início de agosto de 2024 em Vinhedo (SP), que matou 62 pessoas.
Depois do acidente, a Anac reforçou a fiscalização nas instalações da Voepass. Em outubro de 2024, foram exigidas pela Anac medidas como redução da malha, aumento do tempo de solo das aeronaves com vistas à manutenção e troca de gestores, além da execução de um plano de ações para corrigir as irregularidades.
No final do mês passado, após nova rodada de auditorias, foi identificada piora na gestão, segundo a Anac e o descumprimento das exigências.
"Ocorreu, assim, uma quebra de confiança em relação aos processos internos da empresa devido a evidências de que os sistemas da Voepass perderam a capacidade de dar respostas à identificação e correção de riscos da operação aérea", reforçou a Anac.
Embora a decisão da Anac tenha caráter cautelar, técnicos do governo não acreditam que a empresa volte a voar.