Mais cerveja, menos álcool: consumo cresce 22% na pandemia, mas sucesso é das "zero"; entenda
Somente as não alcoólicas viram as vendas crescer 37,6% no ano passado
O consumo de cerveja no Brasil aumentou cerca de 22% nos últimos três anos, mesmo com o período tendo sido marcado pela pandemia de Covid-19. O destaque fica por conta das sem álcool, que tiveram suas vendas elevadas em 37,6% somente no ano passado em comparação com 2021. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), o aumento foi impulsionado pelo aumento da busca pela saúde e pela oferta e inovação de novos produtos pelas fabricantes.
"Mesmo em um período tão desafiador para a economia e a indústria, marcado pelo cenário de alta inflacionária, somado a restrições impostas pela pandemia de Covid-19 e o impacto do conflito entre Rússia e Ucrânia, o resultado consolida a relevância e o compromisso do setor cervejeiro no desenvolvimento econômico e social do Brasil", explica Márcio Maciel, Presidente Executivo do Sindicerv.
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De acordo com números da entidade, o retorno de grandes eventos, festivais musicais, festas tradicionais e torneios esportivos impulsionou o consumo de cerveja em 2022, alcançando o volume de cerca de 15,4 bilhões de litros, crescimento de 8% ante os 7,7% em 2021. A projeção das vendas da cadeia apresentou alta de aproximadamente 19,8% em comparação com 2021, totalizando R$ 277,4 bilhões, superior aos R$ 231,6 bilhões no ano anterior.
O levantamento apontou que as cervejas não alcoólicas foram as mais bem-sucedidas em 2022, o que seria consequência de uma "busca pela saúde e do consumo consciente", com o aumento da oferta desse tipo de bebida e da inovação dos produtos.
A produção foi de aproximadamente 390 milhões litros, o que representa um crescimento de 37,6 % nas vendas em comparação com 2021 (284,6 milhões/litro). Ainda segundo o levantamento, Skol e Brahma permaneceram na liderança entre as marcas com maior volume de vendas no país, seguidas por Antarctica, Itaipava, Nova Schin e Kaiser.