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BRASIL

Mandatos de dois diretores do BC terminam sem governo indicar substitutos

Diretores de Política Monetária e Fiscalização ficam nos cargos até novos nomes serem indicados pelo presidente Lula

Banco CentralBanco Central - Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Os diretores de Política Monetária, Bruno Serra, e Fiscalização, Paulo Souza, continuarão no Banco Central até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar seus substitutos. O mandato dos dois venceu nesta terça-feira (28), mas o governo ainda não bateu o martelo sobre novas indicações ou eventual recondução aos cargos.

A legislação permite que eles continuem nos seus cargos até que os novos nomes sejam aprovados pelo Senado, a quem cabe sabatinar e aprovar as indicações.

Essas são as primeiras vagas abertas na cúpula do BC durante o governo Lula e o principal alvo de disputa é cargo na diretoria de polícia monetária.
 

No início da noite desta terça-feria, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o governo ainda está em tratativa sobre a reposição Padilha também sugeriu que o governo não tem pressa ao dizer que a Comissão de Assuntos Econômicos no Senado ainda não está formada.

A sabatina para os indicados para cargos de diretoria e presidência do BC é feita pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O chefe de política monetária do BC tem destaque no debate sobre a Selic durante as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Ele também se relaciona com o mercado e com as operações de dólar.

Outro nome relevante para o debate técnico é o de diretor de política econômica — cargo hoje com ocupado por Diogo Guillén, no cargo até 31 de dezembro de 2025.

O Copom é formado por oito diretores e o presidente — hoje Roberto Campos Neto, com mandato até o final de 2024. O chefe da autoridade monetária, apesar da influência, não tem voz final sobre os votos dos oito membros do Comitê, seja para manter, reduzir ou aumentar a taxa de juros. Cada diretor tem autonomia nos votos.

Veja quem compõe o Copom:

Roberto Campos Neto, presidente do BC, com mandato até dezembro de 2024;

Bruno Serra Fernandes, diretor de Política Monetária, com mandato até fevereiro de 2023;

Paulo Sérgio Neves de Souza, diretor de Fiscalização, com mandato até fevereiro de 2023;

Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, com mandato até dezembro de 2023;

Maurício Costa de Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, com mandato até dezembro de 2023;

Carolina de Assis Barros, diretora de Administração, com mandato até dezembro de 2024;

Otávio Ribeiro Damaso, diretor de Regulação, com mandato até dezembro de 2024;

Diogo Abry Guillén, diretor de Política Econômica, com mandato até dezembro de 2025;

Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, com mandato até dezembro de 2025.

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