Negócios

Mark Zuckerberg volta a ser alvo de críticas da China

Jornal chinês diz que fundador do Facebook e Instagram reagiu ao anúncio de que o bilionário quer vender seu headset Quest VR no país

Mark ZuckerbergMark Zuckerberg - Foto: Josh Edelson/AFP

Mark Zuckerberg voltou a ser alvo da China. Na quarta-feira, uma influente conta de mídia social afiliada ao jornal oficial Beijing Daily criticou o fundador da Meta Platforms por suas críticas anteriores à censura chinesa e ao suposto roubo de propriedade intelectual.

O longo editorial surgiu depois que o Wall Street Journal informou que a Meta estava em negociações com a Tencent Holdings para ajudar a vender o headset Quest VR na China, apesar de um bloqueio em seus principais serviços de mídia social, do Facebook ao Instagram.

Zuckerberg "jogou uma pedra em seu próprio pé", disse o Beijing Daily em uma publicação no WeChat que obteve mais de 100.000 visualizações. "Você quebrou a wok (panela) e agora quer desfrutar de uma refeição chinesa?"

O relacionamento de Zuckerberg com a China tem sido de altos e baixos. O CEO da Meta foi fotografado correndo por uma Pequim cheia de poluição e cumprimentando o então czar da Internet, Lu Wei, no auge de uma campanha para cortejar as autoridades na maior arena da Internet do mundo.

Esse namoro azedou depois que Lu foi preso por suposta corrupção, causando uma reação negativa nos EUA contra os esforços das empresas de Internet para obter acesso à China. Desde então, o empresário tem criticado o TikTok, da ByteDance - agora um rival feroz - por violações de privacidade e pela suposta eliminação de conteúdo.

Zuckerberg também acusou publicamente a China de roubo de tecnologia. As autoridades americanas estão atualmente analisando o TikTok e podem proibir o aplicativo de vídeos curtos por motivos de segurança nacional.

Os representantes da Meta e da Tencent não responderam aos pedidos de comentários. O South China Morning Post foi o primeiro a divulgar o editorial.

"Zuckerberg está agora buscando uma solução melhor para seu problema com a China", dizia o editorial. "Mas o maior obstáculo para isso pode ser ele mesmo."

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