Mercado divide apostas entre maio e junho para 1º corte de juros pelo Fed, mostra CME
A oscilação ocorre após o anúncio de retaliações da China e da União Europeia (UE) às tarifas dos EUA
O mercado financeiro voltou a precificar junho como o primeiro mês mais provável para o primeiro corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), mas ainda se mantém divido sobre a possibilidade da redução acontecer em maio, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.
A oscilação ocorre após o anúncio de retaliações da China e da União Europeia (UE) às tarifas dos EUA, além de falas de autoridades norte-americanas e do dirigente do Fed, Neel Kashkari - que alertou sobre exigência maior para cortar juros no país.
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Por volta das 11h15 (de Brasília), a chance de o Fed cortar juros em 25 pontos-base (pb) em maio caiu para 38,7%, de 50,7% no fim da tarde de ontem, enquanto a probabilidade de manutenção das taxas se tornou majoritária e avançou de 49,3% a 61,3% no período.
Em junho, o mercado financeiro manteve zerada a chance de manutenção dos juros, mas demonstra dúvidas sobre a magnitude do corte de juros. A probabilidade de uma redução de 25 pb e subiu de 50,6% ontem para 59,3% no horário citado. Em segundo lugar, a chance de corte de 50 pb caiu de 45,5% para 38,7%.
Até dezembro, a maior probabilidade ainda é de redução acumulada de 100 pb nos juros pelo BC norte-americano, que subiu de 35,7% para 37,3% na marcação.