Mercado imobiliário nacional tem queda de lançamentos e vendas em 2023, revela CBIC
As vendas totalizaram 322,8 mil unidades, uma leve baixa de 1,4%
O mercado imobiliário nacional teve queda nos lançamentos e nas vendas em 2023, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 26, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O levantamento abrange a comercialização de casas e apartamentos novos em 220 cidades do País.
Em 2023, foram lançados 293 mil moradias, recuo de 11,5% na comparação com 2022. As vendas totalizaram 322,8 mil unidades, uma leve baixa de 1,4%.
Com mais vendas do que ofertas, o estoque de residências disponíveis para venda (considerando unidades na planta, em obras e recém-construídas) encolheu 11%, ficando em 286,4 mil unidades.
Para a CBIC, o mercado segue forte e aderente, ou seja, há demanda para os imóveis lançados. A visão é de que o ambiente econômico é saudável no País, com juros em queda, inflação controlada, desemprego baixo e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) - fatores que favorecem as vendas de moradias.
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Além disso, as novas regras do Minha Casa Minha Vida (MCMV) têm reaquecido o segmento popular, que deve liderar os lançamentos no ano que vem. As novas regras do MCMV reduziram os juros dos financiamentos e ampliaram o limite de preços no programa.
Segundo a CBIC, após os avanços promovidos no MCMV ao longo do segundo semestre de 2023, o mercado começou a responder, e os lançamentos aumentaram. Ainda assim, a recuperação não foi suficiente para reverter a baixa dos lançamentos no acumulado do ano.
Os projetos dentro do programa habitacional responderam por 48% dos lançamentos no quarto trimestre de 2023. Um ano antes, responderam por somente 38%. Houve, portanto, um ganho de participação de mercado. No quarto trimestre foram lançados 40,9 unidades dentro do MCMV, alta de 14,7% na comparação anual.
Para 2024, a CBIC acredita na estabilidade dos lançamentos, considerando fatores como a continuidade da queda dos juros, 'maior solidez do governo' e da política econômica, além do andamento do programa Minha Casa Minha Vida.