Pela primeira vez em seis meses, economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) reduziram a previsão do PIB deste ano. Eles estimam crescimento de 2,90%, uma redução de 0,02 ponto percentual em relação à semana passada, quando o índice estava em 2,92%, segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (23).

Os analistas vinham revisando sempre para cima nos últimos seis meses. A última vez em que houve queda na comparação à previsão da semana anterior foi em 17 de abril, quando o mercado previa um PIB de 0,90%, abaixo do 0,91% da semana anterior.

Depois disso, o relatório apontou estagnação ou alta a cada semana. O resultado ocorre na semana seguinte à divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de prévia do PIB, que registrou queda de 0,77% em agosto na comparação com julho.

Para 2024, a projeção do PIB foi mantida em crescimento de 1,5%. O mercado também reviu sua previsão para inflação mais uma vez para baixo, de 4,75% para 4,65%. A expectativa também caiu para 2024 (de 3,88% para 3,87%).

O centro da meta do BC para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Os analistas mantiveram a expectativa na taxa básica de juros, a Selic, em 11,75% para 2023 e 9% em 2024.

Veja também

Meio Ambiente

Só 16% das maiores empresas do mundo devem zerar emissões até 2050 e metade passou a poluir mais

Negócios

Black Friday 2024: redes de "fast food" e até bomboniere de cinema terão promoções

Negociações

União economiza R$ 1,6 bilhão com acordos no Nordeste e acelera a resolução de processos judiciais

Tecnologia

Empresas que dependem de big techs correm risco se regulamentação de concorrência não avançar

APROVAÇÕES

Aprovações para inovação somam recorde de R$ 11,1 bi em 2024, diz presidente do BNDES