TECNOLOGIA

Meta deixa Brasil de fora em expansão de assistente de IA e anuncia modelo para desenvolvedores

Exclusão ocorre após autoridade de dados proibir que empresa use informações de brasileiros para treinar ferramentas de inteligência artificial

Meta Meta  - Foto: Lionel Bonaventure/ AFP

Sem o incluir o Brasil, a Meta anunciou nesta terça-feira a expansão de sua assistente de inteligência artificial para redes sociais em 22 países, incluindo Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru.

De acordo com a big tech, “incertezas regulatórias locais” adiaram o lançamento no mercado brasileiro.

A previsão anterior da empresa era de que o robô, chamado de IA da Meta, começasse a rodar este mês no Brasil.

Os planos foram revistos depois da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), no início de julho, questionar a política de privacidade da plataforma, que permitia o uso de informações públicas usuários para treinar IAs.

A assistente virtual, que é similar ao ChatGPT e fica disponível em chats no Facebook, Instagram e WhatsApp, já estava disponível em inglês nos Estados Unidos e outros doze países, como Austrália, Canadá, Zimbábue e Zâmbia.

Nesta terça, a Meta também informou que os robôs irão rodar em mais sete idiomas (francês, alemão, hindi, escrita romanizada em hindi, italiano, português e espanhol).

A dona do Instagram e Facebook ainda apresentou um novo modelo de IA de código aberto, o Llama 3.1, que irá alimentar suas ferramentas (incluindo a IA da Meta).

O sistema também será disponibilizado para desenvolvedores de forma gratuita. O objetivo da Meta, com isso, é concorrer com as alternativas pagas de concorrentes, como a OpenAI.

Apesar do bloqueio da empresa para o lançamento dos robôs no Brasil, a empresa informou que o Llama 3.1 será disponibilizado no país. O modelo tem suporte em oito idiomas e é capaz textos mais longos que o modelo anterior (Llama 3).

O sistema também foi treinado com uma quantidade significativamente maior de dados, incluindo mais de 15 trilhões de tokens (unidades de texto como palavras ou caracteres).

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Mark Zuckerberg (@zuck)

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, disse que quer tornar o Meta AI o assistente de inteligência artificial "mais usado do mundo" até o final deste ano. Ele acrescentou que o Llama 3.1 será "um ponto de inflexão na indústria".

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