Metalúrgicos da General Motors de São Paulo encerram greve após 17 dias
Segundo sindicato, houve acordo com a montadora para pagamento dos dias parados
Depois de 17 dias de greve, os metalúrgicos da General Motors suspenderam a paralisação e retornaram ao trabalho nesta quarta-feira após acordo com a montadora. Ficou acertado o pagamento dos dias parados para todos na fábrica e licença remunerada para quem havia sido demitido. As negociações aconteceram entre a montadora e os sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes.
Também foi aprovado aviso permanente de greve e caso a empresa não cumpra o acordo aprovado, a paralisação será retomada, informou o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. As negociações continuarão nos próximos dias para discutir alternativas que evitem futuras demissões.
Leia também
• Renault e Nissan lançam nova aliança visando a maior equilíbrio
• Polo Automotivo Stellantis de Goiana alavanca economia de Pernambuco com tecnologia e inovação
• Sindicato dos Metalúrgicos reclama de prisão de dirigente sindical
A GM já havia se comprometido a cancelar as 1.244 demissões nas três fábricas, obedecendo à determinação judicial. Mas, segundo o sindicato, descontou os dias parados durante a greve. Também estava descumprindo o acordo de layoff, que garante a estabilidade no emprego para todos da fábrica de São José dos Campos até maio de 2024, informou a entidade.
O cancelamento das demissões foi determinado, por meio de liminar, pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT da 2ª e 15ª) e pelo Tribunal Superior do Trabalho. Uma audiência de conciliação estava prevista para hoje no TRT, mas foi cancelada, em razão do acordo aprovado na assembleia.
A GM tem 12 mil trabalhadores no estado de São Paulo.