Exportação

México desbanca China como principal fornecedor de produtos para os EUA

No primeiro semestre de 2023, americanos compraram 25% menos mercadorias dos chineses. Pandemia acelerou diversificação das cadeias de suprimento globais. Canadá aparece em segundo lugar

México tem atraído investimento de empresas em busca de proximidade e segurança no fornecimento México tem atraído investimento de empresas em busca de proximidade e segurança no fornecimento  - Foto: Mariceu Erthal/Reprodução

México e Canadá substituíram a China como principais exportadores para os Estados Unidos, o que representa um impulso de nearshoring — estratégia de exportar produtos para países mais próximos geograficamente —, incentivando cadeias de abastecimento mais diversificadas. É a primeira vez desde 2003 que os mexicanos passam os chineses como principais fornecedores dos EUA.

Os americanos importaram cerca de US$ 203 bilhões em mercadorias da China nos primeiros seis meses deste ano, 25% a menos do que o mesmo período de 2022, de acordo com os últimos dados do Departamento de Comércio do país. Os números não são ajustados pela inflação.

O país asiático é agora o terceiro maior fornecedor para os americanos ficando atrás do México e do Canadá. As importações de bens do México subiram 5,4% no primeiro semestre de 2023, em relação ao ano passado. Alemanha e Japão também estão entre os cinco maiores exportadores, ocupando o quarto e o quinto lugares.

A China era o principal fornecedor de produtos para os Estados Unidos por mais de uma década, com os laços comerciais entre os dois países atingindo um pico no ano passado. O comércio bilateral está sendo desafiado pelo crescente afastamento entre Washington e Pequim, por conta de questões que incluem direitos humanos, comércio justo e concorrência por tecnologias e mercados.

Montadoras se instalam no México
No entanto, à medida em que os consumidores dos EUA ficam mais exigentes, a demanda por produtos fabricados na China, incluindo telefones e roupas, vem ficando menor. Ao mesmo tempo, os problemas na cadeia de abastecimento desde a pandemia desencadearam uma busca pelos EUA por maior diversificação logística, que já está se traduzindo em mais importações de seus vizinhos.

A HP anunciou recentemente que vai mudar sua produção de laptops da China para TailÇandia e México. A Apple, que fabrica boa parte de seus produtos em território chinês, também começa a buscar outros lugares para suas indústrias fora da China.

Na última década, montadoras americanas, como Ford e General Motors, também começaram a instalar fábricas no México, ampliando a fatia do país nas importações de produtos industrializados para os EUA.

Em uma base ajustada sazonalmente, as importações da China para os EUA caíram para US$ 33,5 bilhões em junho, o menor número desde o início da pandemia, como mostrou o relatório do Departamento de Comércio. O déficit comercial total de mercadorias dos EUA com a China diminuiu ao longo do mês.

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