Microsoft compra 8 mi de toneladas em compensações de carbono do Cerrado, em acordo com BTG
O projeto acontecerá no Estado de Mato Grosso do Sul e tem como objetivo comprar fazendas e pastagens, cobrindo as regiões novamente com árvores
A Microsoft comprará 8 milhões de toneladas em compensações de carbono do Cerrado até 2043, por meio de acordo com o BTG Pactual Timberland Investment Group (BTG TIG).
Segundo as empresas, o acordo envolve um projeto de reflorestamento do bioma e é o maior do tipo já realizado, com investimento de US$ 1 bilhão.
O projeto acontecerá no Estado de Mato Grosso do Sul e tem como objetivo comprar fazendas e pastagens, cobrindo as regiões novamente com árvores.
Metade do terreno será destinada a dezenas de espécies nativas, como ipê e jatobá, e o restante a árvores para madeira, principalmente eucalipto.
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O investimento da Microsoft faz parte de um plano do BTG TIG, em parceria com a organização sem fins lucrativos Conservation International, para reunir US$ 1 bilhão para comprar, arrendar ou investir em mais de 135 mil hectares de terras agrícolas, em um período de cinco anos que termina em 2027, e devolvê-la à floresta.
O BTG TIG é uma organização madeireira de propriedade da plataforma de investimentos brasileira BTG Pactual.
O valor em dólares do acordo com a Microsoft não foi divulgado. Diretor da MSCI Carbon Markets, Guy Turner disse que os preços globais dos créditos florestais normalmente variam de US$ 20 a US$ 40 cada, muito mais do que os dos projetos de conservação florestal, que foram negociados recentemente a um preço trimestral ponderado por volume de US$ 4,10.
Esse não é o primeiro projeto de restauração da Microsoft no Brasil.
No mês passado, a empresa concordou em comprar 3 milhões de toneladas de gás carbônico em um projeto administrado pela re green, uma empresa do Rio de Janeiro com projetos de restauração na Amazônia e na Mata Atlântica costeira. E no ano passado, a Microsoft assinou um acordo de 1,5 milhão de toneladas com a Mombak, uma empresa de remoção de carbono sediada em São Paulo, com foco na restauração da floresta amazônica.
O CEO da Mombak, Peter Fernandez, disse que os créditos vinculados a seus projetos foram vendidos por mais de US$ 50 cada. Uma árvore amazônica, segundo ele, pode capturar um total de 38 toneladas de gás carbônico em 50 anos, quando estiver totalmente madura.
"O Brasil será a Arábia Saudita da remoção de carbono", previu Fernandez.