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Consumo

Milho, maçã do amor, mandioca: inflação da festa junina vai a 11,41%. Confira a lista completa

Preços para os quitutes típicos de São João têm alta bem acima da média da inflação, mostra levantamento

Este ano, comidas tradicionais dos festejos de junho ficaram mais caras Este ano, comidas tradicionais dos festejos de junho ficaram mais caras  - Foto: Reprodução

Junho chega e, com ele, a expectativa para as festas juninas. Do colorido das bandeirolas e dos balões, o que salta mesmo aos olhos e deixa muita gente ansiosa ao longo do ano são as comidas típicas. Bolos, canjica, salsichão, milho cozido: apesar de sempre apetitosos, neste ano, os quitutes também estarão mais caros — um aumento, em média, de 11,41% nos últimos 12 meses.

O levantamento é da Fundação Getulio Vargas. A alta afetou principalmente o fubá de milho, base de diversos pratos típicos, que subiu 42,48% em um ano.

E, se a receita escolhida for a de bolo de fubá, vai sair ainda mais caro. Os ovos, a farinha de trigo e o leite também acompanham o aumento, embora de maneira menos expressiva: 29,79%, 17,33% e 13,21%, respectivamente.

A maçã, indispensável para a maçã do amor, teve alta de 14,61%. O estudo analisou 27 itens alimentícios da cesta do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) e aponta outros dez produtos que também subiram acima da média:

Farinha de mandioca (38,75%)

Milho em conserva (34,59%)

Milho de pipoca (34,15%)

Batata doce (32,11%)

Leite condensado (27,82%)

Queijo minas (21,65%)

Leite de coco (15,80%)

Maçã (14,61%)

Aipim/mandioca (14,21%)

Bolo pronto (13,29%)

Na contramão, apenas o açúcar refinado apresentou queda. Foram 2,16% no mesmo período. Quem optar por batata inglesa também vai sentir um pouco mais de diferença no orçamento. Seu preço recuou 18,93%, embora ainda não seja capaz de compensar a alta de 71,35% no último ano.

A inflação da festa junina ficou assim bem acima da média. O Índice de Preços ao Consumidor da FGV subiu apenas 3,75% nos últimos 12 meses.

"A inflação está desacelerando esse ano, principalmente por causa do grupo alimentos. Mas, essa desaceleração está um pouco mais tímida que o esperado, inclusive, no caso dos itens juninos, já que 70% da cesta acelerou, na contramão da tendência. Apesar de as commodities agrícolas estarem em queda, alguns problemas sazonais em culturas específicas estão atrasando essa redução nos preços, como é o caso do milho e do leite, que inicia sua entressafra agora no inverno", explica o economista, em nota.

E para quem não abre mão de nenhuma comida típica, Peçanha dá dicas para driblar os preços altos:


"Muitos desses produtos não têm substituto para quem quer seguir a receita tradicional, então a principal dica para driblar o impacto no bolso é pesquisar preços, dar preferência a marcas menos conhecidas de qualidade semelhante ou reunir um grupo maior e comprar em ‘atacarejos’, para conseguir descontos maiores”, aconselha.

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