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MORADIA

Minha Casa, Minha Vida: vendas disparam 46% e puxam mercado de imóveis novos no país

Comercialização geral de unidades residenciais verticalizadas subiu 17,9% no 2º trimestre deste ano, mas, sem programa do governo federal, variação é de 3,4%

Minha Casa Minha VidaMinha Casa Minha Vida - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Turbinado pelo governo federal, o Minha Casa, Minha Vida registrou entre abril e junho deste ano um aumento de vendas de 46%, na comparação com o segundo trimestre de 2023.

O patamar é superior aos 17,9% registrados na comercialização geral de apartamentos no país no mesmo período, e apontam para uma disparada nas vendas no âmbito do programa habitacional do governo, enquanto outros setores estacionaram.

Descontadas as unidades residenciais vendidas em meio ao MCMV, a variação no período é de 3,4%. Os indicadores de residências verticalizadas foram divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) nesta segunda-feira, e consideram dados de 221 cidades, incluindo as 27 capitais e principais regiões metropolitanas.

Mais vendas que lançamentos
Com R$ 53 bilhões, o Valor Geral de Vendas (VGV) é 20,2% maior que no mesmo intervalo de 2023 (R$ 44 bilhões).

Foram vendidas em todo o país 93.743 unidades no segundo trimestre deste ano. O patamar é um recorde desde 2016, quando o levantamento começou. Deste total, o MCMV responde por 42% do mercado, com 39.332 apartamentos vendidos. No ano passado, o paralelo era de 79.543 comercializadas, sendo 26.935 através do programa habitacional do governo federal.

Já o número total de novos lançamentos variou 7% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, passando de 78.431 novas unidades para 83.930 – abaixo do total de unidades residenciais vendidas.

Frente ao patamar registrado de janeiro a março, o volume de novos empreendimentos lançados cresceu 28%, variando a partir de 65.557.

Impacto no mercado
No período analisado, 44764 unidades foram lançadas pelo MCMV, o que corresponde a 53% do mercado e 87% a mais que o total lançado pelo programa no segundo trimestre de 2023, quando a política habitacional respondia por 30% das unidades residenciais verticais lançadas.

Na avaliação da Renato Correia, presidente da CBIC, o setor está em fase de crescimento e, mantido o cenário atual, a tendência é um segundo semestre positivo.

Ele ainda destacou efeitos positivos da inflação controlada, aumento na geração de novos empregos e disponibilidade de recursos tanto do FGTS quanto da caderneta da poupança para aplicação em moradia.

– Quando o governo acerta os parâmetros do Minha Casa, Minha Vida nós vemos as vendas crescendo rapidamente. Leva um ano para mudar de patamar, o setor é de resultados de médio e longo prazo. Você toma uma decisão agora e o efeito acontece paulatinamente – afirmou Correia, em coletiva de imprensa.

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