Ministério da Fazenda reduz projeção para o IPCA de 2024, de 3,55% para 3,50%
O Ministério manteve a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - utilizado para a correção do salário mínimo
O Ministério da Fazenda revisou para baixo a projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da Secretaria de Políticas Econômicos (SPE), divulgada nesta quinta-feira (21) a estimativa neste ano passou de 3,55% para 3,50% - dentro do intervalo de tolerância da meta estipulada para 2024, que é de 3,00%, com variação de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.
Já para 2025, a projeção de IPCA é de 3,10%. O último boletim macrofiscal da SPE havia sido divulgado em novembro de 2023 e não trazia estimativas para o próximo ano.
No documento, a SPE argumenta que, até o final de 2024, o processo de desinflação deve continuar, puxado pela forte desaceleração nos preços de monitorados e pela redução da inflação de serviços.
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"O processo de desinflação vem ocorrendo em ritmo similar ao previsto, refletindo o realinhamento entre os preços livres e monitorados. Para a média das cinco principais medidas de núcleo, a expectativa também é de desaceleração para patamar próximo a 3,40%, de 4,00% em fevereiro. Nos anos seguintes, espera-se inflação ao redor da meta de 3,00%", diz o documento.
INPC
O Ministério da Fazenda manteve a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - utilizado para a correção do salário mínimo. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para o indicador neste ano segue em 3,25%. Para 2025, a projeção é de 3,00%.
"Assim como ocorreu em 2023, espera-se inflação menor para classes de renda inferiores comparativamente ao IPCA", pontua o boletim.
IGP-DI
Já a estimativa da Fazenda para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2024 foi revisada para baixo, de 4,00% para 3,50%. Para 2025, o indicador estimado é de 4,00%.
O documento pontua que tanto os produtos agropecuários como os industriais apresentaram deflação em janeiro e fevereiro, pesando nessa dinâmica a queda nos preços da soja, do milho, do minério de ferro e de derivados do petróleo. "Até o final do ano, no entanto, a expectativa é de aceleração gradual dos preços no atacado, influenciados pelo aumento já observado nos custos de frete, pela maior pressão em cadeias produtivas globais e por alterações climáticas", diz.