Logo Folha de Pernambuco

REDES SOCIAIS

Ministro da AGU afirma que decisão da Meta reforça necessidade de regulamentação de redes sociais

Jorge Messias afirmou que encerramento de programa de checagem intensifica "desordem informacional"

O chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge MessiasO chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias - Foto: Renato Menezes / AGU

O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou nesta terça-feira que a decisão da plataforma Meta de encerrar seu programa de checagem de fato intensifica a "desordem informacional" e ressalta a necessidade de uma nova regulamentação das redes sociais no Brasil.

Messias afirmou que a medida da Meta significa um foco da empresa em seus negócios e criticou os algoritmos "secretos" da empresa:

— A Meta decidiu focar na expansão de seu modelo de negócios. Infelizmente, como os algoritmos da empresa são secretos, essa escolha tende a intensificar a desordem informacional em um ecossistema digital que já enfrenta desafios significativos relacionados à disseminação de fake news e discursos de ódio — afirmou o titular da AGU.

Para o ministro, o anúncio tornou "ainda mais premente" a necessidade de um "novo marco jurídico" para as plataformas:

— Torna-se ainda mais premente a necessidade de criar um novo marco jurídico para a regulação das redes sociais no Brasil.

Recentemente, a AGU defendeu no STF a responsabilização das plataformas e a retirada do ar de conteúdos ofensivos sem necessidade de decisão judicial. A manifestação foi feita em ações que discutem as regras do Marco Civil da Internet sobre a responsabilidade das redes sociais pelo conteúdo publicado nelas.

Sob a gestão de Messias, a AGU também tem atuado contra publicações que são consideradas como desinformação. Recentemente, por exemplo, o órgão solicitou ao Youtube a retirada de vídeos com informações falsas ou descontextualizadas sobre a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Veja também

Grupo trans aciona MPF após Meta permitir associar LGBT com doença
Tecnologia

Grupo trans aciona MPF após Meta permitir associar LGBT com doença

Vendas de motos no Brasil têm alta de 18,6% em 2024, mostra Fenabrave
automóveis

Vendas de motos no Brasil têm alta de 18,6% em 2024, mostra Fenabrave

Newsletter