Ministro de Minas e Energia diz que era hora de "abrasileirar" o preço dos combustíveis
Ministro Alexandre Silveira diz que medida cumpre compromisso social de Lula, Petrobras anuncia queda de 12% na gasolina e no diesel
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se encontraram na manhã desta terça-feira, em Brasília, após comunicado da empresa de que alterou a política de preços para os combustíveis. A empresa divulgou nota informando que a partir desta quarta-feira o preço do litro da gasolina terá queda de 12,6%, enquanto o preço do diesel cairá 12,8%.
Segundo Silveira, a medida cumpre promessa eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e era hora de "abrasileirar" os preços. Ele define a nova estratégia como “política nacional de competitividade interna” e defende o papal da Petrobras como "indutora" do crescimento nacional, com uma visão social. O objetivo, segundo ele, é buscar os melhores “preços competitivos” e internos, com resultado prático à população.
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— Estamos trabalhando para as empresas petroleiras terem uma referência interna. Era hora de “abrasileirar” os preços dos combustíveis. A Petrobras de forma alguma vai deixar de ser atrativo aos investidores. Nós estamos conseguindo avançar naquilo que o presidente Lula disse em campanha, olhando para a vida dos mais pobres — disse Silveira.
A Petrobras anunciou no início desta terça-feira a aprovação da nova política de preços para o diesel e a gasolina vendidos no Brasil. Com isso, a estatal encerrou a paridade internacional dos preços, que agora será uma das referências para a definição final do valor dos combustíveis ao consumidor.
De acordo com a Petrobras, além da cotação internacional do petróleo e do dólar, a nova estratégia comercial usa o o que chama de “custo alternativo do cliente” na precificação.
Queda dos combustíveis
Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, as quedas dos combustíveis já começarão a ter efeito nesta quarta-feira.
— Teremos redução de preços a partir de amanhã. Gasolina A terá queda de R$ 0,40 por litro ou 12,6%. Já o diesel A cairá R$ 0,44 ou 12,8%. GLP terá que queda de R$ 8,97 por botijão de 13 quilos, menos 21,3%. Pela primeira vez, desde 2021, teremos o botijão a gás abaixo dos R$ 100, como preço esperado — disse Jean Paul.
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Segundo Prates, a rentabilidade da empresa não será afetada pela medida. Ele nega que seja uma intervenção do governo federal na governança da companhia e diz a nova estratégia "recupera" a liberdade da empresas em "fazer preços":
— Não há intervenção. É uma vontade política que foi eleita. Os instrumentos de rentabilidade e competitivos estão integralmente garantidos. É um modelo que vai a Petrobras ter o melhor preço para o seu cliente, como qualquer outras empresas. É aproveitarmos os ativos brasileiros em favor dos brasileiros. Nós nos “alforriamos” de um único fator, que é a paridade internacional — disse Prates.
Para o ministro Alexandre Silveira, a redução de preço dos combustíveis abrirá margem a uma menor pressão inflacionária e eventual redução dos juros por parte do Banco Central.