Logo Folha de Pernambuco

equipe econômica

Ministro do Trabalho nega mudança em abono e seguro-desemprego: "A não ser que o governo me demita"

Marinho negou que medidas sejam discutidas no governo

Ministro do Trabalho, Luiz MarinhoMinistro do Trabalho, Luiz Marinho - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira que não foi procurado para discutir mudanças no abono, seguro-desemprego e no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e que pode se demitir caso as medidas sejam debatidas sem o seu aval.

— Se ninguém conversou comigo, não existe. Se eu sou responsável pelo Trabalho e Emprego. A não ser que o governo me demita. Vale para todo o tema do Trabalho que eu não discuti — disse em entrevista coletiva do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Marinho reafirmou ainda que considera uma "agressão" que medidas relacionadas ao trabalho sejam discutidas sem o seu conhecimento. Questionado se pediria demissão caso constatasse que isso está acontecendo, ele disse que é "possível".

— Se eu for agredido, é possível, nunca fui. Uma decisão de um tema sem minha consulta, é uma agressão — afirmou.

As declarações acontecem em momento em que a equipe econômica do governo discute medidas para revisar despesas públicas.

Estão no radar da equipe econômica auxílios como abono salarial e seguro-desemprego, mas ainda é necessário avançar no diálogo com o Ministério do Trabalho.

O ministro, no entanto, nega que tenha sido procurado.

— Para mim esse debate não existe, o ministro do Trabalho não foi procurado por ninguém, nem pelo ministro da Fazenda, nem pela ministra do Planejamento nem pelo presidente — afirmou.

Propostas não avançam
A pasta comandada por Marinho não avançou em projetos como a regulamentação do trabalho de motoristas de aplicativos — promessa de campanha de Lula para um público visto como majoritariamente bolsonarista — e enfrenta divergências dentro do governo em projetos polêmicos, como acabar com o saque-aniversário do FGTS.

O desempenho de Marinho tem alimentado sua fritura por auxiliares próximos de Lula. Uma das críticas é que o ministro, o governo e até mesmo o Partido dos Trabalhadores (PT) não estão equipados para se comunicar com as novas categorias no mercado de trabalho, incluindo os pequenos empreendedores.

Veja também

Governo bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024
Orçamento de 2024

Governo Federal bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde
Bolsa de Nova York

Wall Street fecha em alta com Dow Jones atingindo novo recorde

Newsletter