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Ministro minimiza mudanças de indicados para Conselho da Petrobras: "especulação"

Primeira mudança foi anunciada ontem, com a substituição de Wagner Victer, ex-presidente da Cedae, por Bruno Moretti, mais alinhado ao PT. Data da assembleia é adiada para que novas alterações sejam feitas

Paulo Pimenta, chefe da SecomPaulo Pimenta, chefe da Secom - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, minimizou nesta quinta-feira (2) o desconforto do presidente Lula e do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, devido às indicações para o Conselho de Administração da estatal feitas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Pimenta afirmou que o colega de Esplanada tem "total respaldo" do presidente e que todas as indicações foram um "consenso" entre Jean Paul Prates, Silveira e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, braço direito de Lula.

O ministro Alexandre Silveira é uma pessoa que tem total respaldo do presidente da República. Todas as indicações para o conselho da Petrobras foram construídas de forma consensual e conjuntas pelo Alexandre Silveira, Jean Paul Prates e acompanhados por Rui Costa. Nenhuma indicação foi feita sem ter passado pelo entendimento dessas três pessoas. Qualquer especulação diferente dessa é absolutamente inverídica, disse ele.

Como O GLOBO mostrou, a lista de indicados ao Conselho de Administração deve passar por mudanças. A primeira delas já aconteceu com a substituição de Wagner Victer, ex-presidente da Cedae, por Bruno Moretti, que é mais alinhado ao PT e atualmente é Secretário Especial de Análise Governamental da Presidência da República.

A lista de conselheiros foi apresentada na última sexta-feira, em Brasília, em uma reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Jean Paul Prates e Alexandre Silveira.

Fontes relataram que a lista inicial, com seis indicações feita por Silveira, causou desconforto entre os petistas e que Lula havia determinado ajustes na lista. A única exigência de Lula foi de que não tivessem indicações políticas.

Com isso, no fim de semana, após negociações, Silveira reduziu para quatro o número de indicados. A análise de governo é que os nomes indicados por Silveira têm uma linha mais "privatista", na direção contrária ao que defende o governo de Lula.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), criticou o “lucro monumental da Petrobras”. A estatal anunciou o recorde de lucro líquido em 2022, quando faturou R$ 188,328 bilhões, resultado 76,6% superior aos R$ 106,6 bilhões apurados em 2021, até então cifra recorde.

Na visão do deputado, o resultado indica que se a estatal tem compromisso com o país, precisa rever sua atuação, a começar pela política de preços:

Onde já se viu: estão praticando preço maior que os da PPI. Não é nada contra a empresa. Pelo contrário. A empresa tem que ser do Brasil, defender os interesses do Brasil. Significa que tem que redirecionar seus investimentos, não é só para distribuir lucros.

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