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Ministros do G7 pedem à Opep que amplie produção de petróleo; analistas já preveem barril a US$ 150

O pedido foi feito no fim de um encontro de ministros de Energia e Meio Ambiente do G7 na Alemanha

Barril de Petróleo Barril de Petróleo  - Foto: PxHere

Ministros de Energia do G7 pediram aos países que compõem a Opep para que aumentem a produção de petróleo para abastecer o mercado, quando a guerra na Ucrânia eleva os preços para os níveis mais altos da década. Analistas do Bank of America (BofA) preveem que o barril do tipo Brent chegue a US$ 150,00 caso se acentue o embargo à comercialização russa.

O pedido foi feito no fim de um encontro de ministros de Energia e Meio Ambiente do G7 na Alemanha. Na reunião, notou-se que a guerra está puxando para cima os preços de petróleo, gás e carvão, inflacionando mercados e indústrias.

“Pedimos aos países produtores de petróleo e gás que atuem com responsabilidade para com os mercados internacionais, uma vez que a Opep possui um papel importante”, disseram os ministros.

Eles acrescentaram que este assunto é de “urgência especial” para que a União Europeia diminua sua dependência do gás natural russo, e atestaram o papel essencial que o gás natural liquefeito (GNL) poderia ter para “mitigar interrupções no fornecimento dos gasodutos, especialmente para os mercados europeus”.

No começo deste mês, líderes do G7 se comprometeram a encerrar gradualmente a dependência da energia russa, incluindo o banimento de importações de petróleo da Rússia.

A União Europeia ainda discute a opção de estabelecer embargos no petróleo russo, ainda que a Hungria se oponha à ideia.

Apesar das opiniões conflitantes do G7 em relação ao petróleo, não está claro se os países produtores da commodity vão dar atenção ao pedido de ação. A Arábia Saudita tem sido resistente à pressão externa de acelerar produções para ajudar a baixar os preços, insistindo que o petróleo não vai faltar no mercado.

O grupo da Opep+, que inclui a Rússia, diminuiu a produção diante de acordos realizados durante a pandemia, antes de restaurá-la gradualmente para um nível de 400 mil barris por dia. Os preços do petróleo quase dobraram no ano passado, sendo comercializados a US$ 120 o barril - mais altos desde 2014, levando a críticas aos estados do Golfo como a Arábia Saudita, acerca de sua capacidade de produção.

Petróleo a US$ 150

O barril de petróleo do tipo Brent pode ultrapassar a marca de US$ 150,00 caso se acentue o embargo à comercialização russa, disseram analistas do Bank of America (BofA) Global Research nesta sexta-feira.

Os valores saltaram após a invasão russa à Ucrânia, chamada de “operação especial” por Moscou, e agora beira os US$ 120,00 por barril.

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“Com esse valor do Brent em vista, acreditamos que um embargo atenuado às exportações russas possam… levar o barril ao valor de US$ 150,00”, disse o banco em nota.

Os analistas não acreditam em uma recuperação dos níveis de petróleo pre-Covid em 2022 porque ainda persistem problemas de abastecimento.

"Um aumento de US$ 30,00 por barril nos preços do petróleo este ano reduziu a demanda para 1,5 milhão de barris por dia, impedindo uma recuperação para os níveis pré-Covid", explicaram os analistas do banco.

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Eles acrescentaram que a demanda por petróleo pode atingir os níveis pré-Covid-19 no ano que vem, caso a produção russa chegue a 10 milhões de barris por dia, e o fornecimento da Opep+ aumente.

Os preços da commodity podem subir nesta sexta, apoiados no prospecto de um mercado aquecido devido ao aumento do consumo de gasolina nos Estados Unidos durante o verão e a possibilidade de a União Europeia banir todo o petróleo russo.

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