Motoristas e entregadores de aplicativos param no Recife para reivindicar reajuste das tarifas
Além do Recife, mais cinco cidades de Pernambuco pararam suas operações nesta terça-feira (29)
Motoristas e entregadores de aplicativos de Pernambuco aderiram a uma paralisação nacional por reivindicação de melhores condições de trabalho nesta terça-feira (29). No Recife, os motoristas se concentraram em frente ao Classic Hall, no limite com Olinda, e seguiram para o Bairro do Recife, ocupando duas faixas das vias e sendo escoltados por batedores da Guarda Civil Municipal.
De acordo com o presidente da Associação dos Motoristas e Motofretistas por Aplicativos de Pernambuco (Amape), Thiago Silva, a principal meta da paralisação é conseguir um reajuste de tarifas. O defendido pela Associação é uma tarifa mínima de R$ 10 e um valor de, pelo menos, R$ 2 por km rodado.
“A gente está passando por uma situação financeira muito difícil, motoristas tendo que trabalhar de 12h a 15h por dia e, mesmo assim, não conseguir levar o sustento para casa. Combustível está a R$ 7 na Região Metropolitana; em Petrolina, passando dos R$ 8 e, ao invés de as empresas reajustarem essas tarifas, elas estão puxando cada vez mais para baixo. Como uma tarifa de cerca de R$ 5 pode pagar a gasolina de R$ 7 ou R$ 8?! A conta não fecha”, explica Thiago.
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O ato faz parte de uma mobilização nacional com o objetivo de chamar atenção da sociedade e das empresas sobre a necessidade de reajuste. Em Pernambuco, além do Recife, houve também protesto em Ipojuca, Vitória de Santo Antão, Caruaru, Garanhuns e Petrolina.
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Com carros e motos estacionadas, os presentes levavam bandeiras de Pernambuco e se revezavam para utilizar um microfone e falar com os demais. Entre os clamores, eles pediam melhores condições de trabalho para as empresas dos aplicativos.
O motorista para aplicativo Jota Júnior pontuou sobre as dificuldades do trabalho: “Cada dia está ficando mais difícil, com os aumentos dos preços dos combustíveis, as empresas de aplicativo não reduzem as tarifas. Antes, elas eram de 25%, hoje estão descontando de 25% a 40%, isso fica difícil para a gente. Às vezes, eles podem levar até o valor da corrida e para a gente não repassa”.
Além dos valores dos combustíveis para as corridas, ele acrescenta que não é apenas com essa questão que os trabalhadores precisam gastar dinheiro. “É a manutenção do carro, o seguro, tudo é uma luta e hoje a gente está aqui reunido para tentar conseguir um reajuste digno”, conta Jota.