Momentos antes do aumento de combustível, Bolsonaro disse a apoiadores que 'não decide nada' no tema
A declaração ocorreu no Palácio da Alvorada, em conversa com apoiadores
Menos de duas horas antes da Petrobras anunciar um novo reajuste nos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (10) que "não decide nada" sobre os preços praticados pela empresa e que só é cobrado quando há problemas.
A declaração ocorreu no Palácio da Alvorada, em conversa com apoiadores. Uma mulher disse que o preço dos combustíveis iria diminuir. O presidente respondeu que considerava que haveria um aumento, mas que não saberia dizer:
"Não estou dizendo se vai ou não vai, eu acho que vai aumentar. No mundo todo aumentou. Eu não defino preço na Petrobras. Eu não decido nada. Só quando tem problema cai no meu colo".
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Depois, a Petrobras anunciou um reajuste de 18,77% na gasolina, fazendo o preço mais que dobrar em pouco mais de um ano.
Na conversa com apoiadores, Bolsonaro também afirmou que tendência é "melhorar lá fora", sem especificar a que se referia, mas disse que o Brasil terá "problema de combustível".
"Agora, a tendência, é melhorar lá fora. Mas vai ter problema de combustível no Brasil, não vai demorar".
A Petrobras vinha sendo pressionada pelo governo a não elevar os preços, diante da escalada da cotação do petróleo com a guerra na Ucrânia, que encostou em US$ 140 no fim de semana passado. O governo estudava o congelamento de preços para evitar o impacto da alta dos combustíveis na população.