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Coluna Movimento Econômico

NE entre extremos: crise hídrica desafia economia em alta temporada

A seca intensificada ameaça o abastecimento de água enquanto turistas não param de chegar à região

O Nordeste inicia o ano sob ameaça de nova estiagem, o que pode impactar o turismo e a economia dos estadosO Nordeste inicia o ano sob ameaça de nova estiagem, o que pode impactar o turismo e a economia dos estados - Foto: Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Um novo ciclo de estiagem colocou em alerta setores públicos e privados em diversas localidades do Nordeste. Resultado da combinação do fenômeno El Niño com a mudança climática e ações antrópicas, como queimadas, a seca intensificada pode comprometer a economia regional em sua melhor temporada: as férias de verão.  

A chegada de turistas à região, em busca das praias paradisíacas, aumenta a pressão sobre os sistemas de abastecimento de água. Em destinos como Porto de Galinhas, cada vez mais adensado pela exploração imobiliária, a situação é crítica, com registros de falta d’água já durante o feriado do Réveillon. As barragens Bita e Utinga, que atendem o Litoral Sul e adjacências, estão em estado de pré-colapso, com apenas 13% e 13,8% de seus volumes, respectivamente.  

Como mostrou reportagem do portal Movimento Econômico, a crise hídrica não afeta apenas Pernambuco, cujas medidas tardias foram anunciadas no último dia 30 de dezembro. Dados do último boletim publicado pelo Monitor de Secas, da Agência Nacional de Águas (ANA), mostram que houve avanço da seca moderada também no Maranhão, Alagoas e Sergipe. No nordeste da Bahia, a situação é ainda pior, com aumento significativo da área afetada por seca grave.  

No Ceará, registrou-se avanço da seca fraca no norte e da seca moderada no centro e sul do estado. Em Sergipe, onde a seca moderada evoluiu para grave, o abastecimento de água está comprometido, especialmente no Sertão e no Agreste.  

Em Alagoas, as cidades mais afetadas são Belo Monte, Olho d’Água Grande, Porto Real do Colégio e São Brás. Lá, a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) executa o Programa Mais Águas Alagoas, que prevê investimentos de R$ 6 bilhões para garantir segurança hídrica e combater a intermitência no abastecimento de água. Especialistas alertam para a necessidade de preservação das nascentes, com atenção especial às matas ciliares.  

APM Terminals  
A APM Terminals Suape anunciou a contratação das empresas Consag, HTB e Piatec para executar as obras de seu terminal de contêineres no porto pernambucano. O investimento previsto é de R$ 1,6 bilhão, e o terminal ocupará uma área total de 495 mil metros quadrados. Durante a construção, deverão ser gerados cerca de 500 empregos diretos e 2.000 indiretos. Na operação, os números estimados são de aproximadamente 350 empregos diretos e 1.400 indiretos.  

Estaleiro  
O Estaleiro Atlântico Sul encerrou 2024 com mais de 60 embarcações reparadas. Em outubro, o EAS comemorou quatro anos de atuação na área de reparo naval.  

Balanço de eventos  
O Centro de Eventos Recife, localizado na Faculdade Pernambucana de Saúde, finalizou 2024 com mais de 230 eventos realizados. A maioria (48%) foi de eventos corporativos, seguida por eventos na área de saúde (28%). De acordo com o coordenador do espaço, Antônio Amorim, houve um aumento de quase 30% no número de eventos em relação a 2023.  

Renda fixa  
As debêntures lideraram as emissões no mercado de renda fixa, somando R$ 405,5 bilhões entre janeiro e novembro. Os recursos foram destinados principalmente a infraestrutura (26,1%), gestão ordinária (24,5%) e pagamento de dívidas (24,4%). Os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) alcançaram R$ 52,7 bilhões, enquanto os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) somaram R$ 36,6 bilhões. Já os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) captaram R$ 64,4 bilhões, um recorde para o período, segundo dados da ANBIMA.  

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