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Coluna Movimento Econômico

Apesar de Trump, sustentabilidade segue como fator determinante para o crédito

O avanço da sustentabilidade depende de três vetores principais: mercado, instituições financeiras e governo

Enchentes e secas são fatores que interferem cada vez mais na concessão de crédito Enchentes e secas são fatores que interferem cada vez mais na concessão de crédito  - Foto: Agência Brasil

 Apesar da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e do direcionamento do governo Donald Trump para as energias fósseis, a sustentabilidade continua ganhando espaço nos planejamentos estratégicos das empresas em todo o mundo. Esse é o entendimento de Elias Sfeir, presidente da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), que considera a mudança climática um dos principais desafios para o mercado de crédito em 2025.  

Em 2024, eventos climáticos extremos causaram perdas econômicas globais de US$ 320 bilhões. No Brasil, secas severas e inundações atingiram estados como Rio Grande do Sul e Amazonas, prejudicando a agricultura e o abastecimento, elevando as despesas e os índices de inadimplência. “A relação entre questões ambientais e a concessão de crédito tem se tornado cada vez mais evidente no cenário econômico atual”, observa Sfeir.  

 Sfeir alerta que empresas que não aderem às práticas sustentáveis enfrentam dificuldades crescentes na obtenção de crédito. Ele reforça que “a sustentabilidade está ligada à perenidade das operações, e a perenidade é a base da confiança no crédito. Sem isso, não há estabilidade para tomadores e fornecedores”.  

O setor de seguros já aplica critérios ambientais há décadas, avaliando riscos associados a inundações e desastres climáticos, o que demonstra a importância de integrar práticas sustentáveis à gestão financeira.  

Vetores da sustentabilidade 

O avanço da sustentabilidade depende de três vetores principais: mercado, instituições financeiras e governo. Enquanto mercado e consumidores já direcionam esforços para práticas sustentáveis, o papel do governo ainda é limitado, forçando o setor privado a encontrar formas autossustentáveis de operar.  

Setor elétrico

Um exemplo disso é o setor de energia. Em 2023, foram adicionados 473 gigawatts de capacidade energética global, sendo 81% provenientes de fontes renováveis. A energia fotovoltaica, cujo custo caiu 89% entre 2010 e 2022, tornou-se quase um terço mais barata que a energia fóssil, além de ser menos vulnerável a fatores políticos, como os conflitos relacionados ao petróleo.  “Mesmo sem subsídios governamentais, o mercado encontrou formas de ajustar-se às exigências ambientais, o que demonstra a viabilidade econômica da transição energética”, afirma Sfeir.  

ABRH-PE com nova diretoria  

A Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-PE) empossará sua nova diretoria nesta quinta-feira. Pela primeira vez, a liderança será 100% feminina. Dani Maciel, CEO do Hub Ser Tão People, assume a presidência. Márcia Gonçalves, diretora de Gente e Gestão do Grupo Iquine, presidirá o Conselho Deliberativo, e Andrea Queiroz, Head do CESAR, ficará à frente do Conselho Fiscal. A cerimônia será às 19h, no auditório do CESAR - Moinho, no Recife.  

Foodtech NUU expande presença  

A foodtech mineira NUU ampliou sua atuação e agora oferece produtos sem glúten, à base de mandioca e carbono neutro, em redes de supermercados como Hiperideal, na Bahia, e lojas do Grupo Pão de Açúcar em Sergipe, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Bahia e Piauí. Também está presente nas unidades Palato em Maceió e Recife.  

Capacitação do Insper em Pernambuco  

O Insper, referência em ensino superior, oferecerá o curso **"Políticas Habitacionais: Resultados e Desafios"**, de 27 de janeiro a 2 de fevereiro, na sede da Ademi-PE, no Espinheiro, Recife. A iniciativa é promovida pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Habitação, com apoio da Ademi-PE.  

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