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ALAGOAS

Grupo Amarante vai investir R$ 1,6 bilhão em resorts de luxo

O plano de investimento do Grupo Amarante inclui a construção de um resort em Porto de Pedras, em Alagoas

O investimento do grupo Amarante incluiu um retrofit de toda área externa do Hotel Salinas do Maragogi, construído pela empresa há 30 anosO investimento do grupo Amarante incluiu um retrofit de toda área externa do Hotel Salinas do Maragogi, construído pela empresa há 30 anos - Foto: Kaio Fragoso/Divulgação

O grupo hoteleiro pernambucano Amarante planeja investir R$ 1,6 bilhão numa expansão que vai até 2031, incluindo ampliações nos três hotéis da companhia e a construção de um novo resort na Praia de Lajes, na cidade de Porto de Pedras, a 120 km de Maceió e 186 km do Recife. A Praia de Lajes fica ao lado da Praia do Patacho, uma das mais belas de Alagoas. 

O investimento total vai deixar o grupo com uma oferta de cerca de 3,3 mil apartamentos, englobando a construção de outros empreendimentos, que são projetos "em desenvolvimento" e, por isso, ainda não estão sendo divulgados. Atualmente, a empresa tem 809 apartamentos nos hotéis Salinas Maragogi, Salinas Maceió e Japaratinga Lounge Resort, todos em Alagoas. 

“No  curto prazo, até 2025,  estamos muito otimistas, visto que temos as praias mais bonitas do Nordeste entre Alagoas e Pernambuco. E algumas intocadas ainda”, diz o gerente de Engenharia e Desenvolvimento do grupo Amarante, Felipe Grisi. E acrescenta: “a nossa intenção é criar destinos. Há 30 anos, o grupo construiu o Hotel Salinas do Maragogi, o que ajudou a consolidar a localidade como destino turístico".

Somente o investimento na nova unidade, o resort da Praia de Lajes,  será de R$ 140 milhões, incluindo obras físicas, equipamentos e a mobília. Em abril de 2024, o grupo vai fazer uma licitação para escolher a empresa que vai fazer a obra civil, que deve ser iniciada até agosto do próximo ano e concluída em março de 2026. A previsão é de que o empreendimento entre em operação em julho de 2026.

Outros projetos que estão dentro do investimento total são a segunda expansão do hotel de Japaratinga com mais 64 apartamentos entregues até outubro de 2024, o que vai demandar um investimento de R$35 milhões; a terceira ampliação, também de Japaratinga, que vai passar a ter mais 180 apartamentos, uma nova recepção, piscinas, restaurantes e quadras, com um projeto orçado em R$145 milhões, que tem a entrega definitiva para operação prevista até setembro de 2026.

Ainda dentro do investimento total, foi realizado um retrofit no Salinas do Maragogi com a entrega de mais 42 apartamentos, em 2021, e reforma de toda a área comum que teve um custo de R$ 20 milhões. “Os demais projetos ainda são internos e seu desenvolvimento ainda não estamos divulgando”, comenta Felipe. 

A pandemia e o plano de expansão

Um dos setores mais atingidos pela pandemia foi o setor de turismo, incluindo a hotelaria. "Quando a pandemia chegou nos encontrou capitalizados. E resolvemos apostar no pós pandemia", resume Felipe. O atual plano de expansão do Grupo Amarante foi traçado durante a pandemia. A companhia também fez uma engenharia financeira que conta com empréstimos a longo prazo no Banco do Nordeste (BNB) e aderiu ao Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) que reduz alíquotas de vários impostos para o setor até 2027, permitindo que estes recursos sejam usados em investimentos.

A média de ocupação anual dos hotéis do grupo é de 93%. A crise provocada pela Braskem que atingiu cinco bairros de Maceió que estão com afundamento de solo até agora até agora não repercutiu nas reservas. O hotel da empresa em Maceió fica a 25 km da mina da Braskem que apresentou o problema. Segundo informações da empresa, aumentou o número de dúvidas e atendimentos na central de relacionamento, mas não afetou a ocupação. No Salinas Maceió, a ocupação prevista será de 90% em janeiro de 2024. A empresa tem "preocupação que isso possa nos prejudicar no médio prazo, mas até então está sob controle".

A previsão é de que em 2023 o faturamento bruto do grupo alcance R$ 452 milhões, juntando a receita realizada entre janeiro e outubro e a prevista para os meses de novembro e dezembro. Isso vai representar um crescimento de 17% sobre o faturamento de 2022, que ficou em R$ 385 milhões. A empresa emprega mais de 1.700 pessoas.

Fundada pelo empresário alagoano Márcio Vasconcellos, o grupo tem sede no Recife. Os principais acionistas da empresa são o CEO, Mário Vasconcellos, e sua irmã, Márcia Vasconcellos. A companhia tem também uma participação minoritária de alguns diretores da empresa.

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